Maus resultados levam Atlético a buscar reforços

O sinal de alerta se acendeu no CT do Caju e o clube começa a intensificar a busca por reforços para o Brasileirão. Um zagueiro e um atacante são as prioridades, mas ainda não há nenhum prazo que essa peças cheguem e possam ser utilizadas pelo técnico Osvaldo Alvarez.

Pelas complicações de mercado e falta de dinheiro, o Atlético vai jogar a primeira e a segunda rodadas com o que tem mesmo.

Nomes para preencher as carências há vários. Alguns já vazaram para a imprensa, mas o assessor executivo do clube, Antônio Carletto Sobrinho, não quer mais comentar a possibilidade desses nomes chegarem ao Rubro-Negro. “Isso gera uma expectativa muito grande na torcida”, expõe. Além disso, o dirigente reclama que seu trabalho é muito monitorado por equipes rivais e qualquer jogador observado por ele acaba sendo assediado por muitos outros “olheiros”.

São os casos do zagueiro Gaúcho e do meia Cléber, ambos do Sport. Carletto não quis fazer comentários a esse respeito, mas informações obtidas em Recife dão conta que o clube fez mesmo propostas para ter esses jogadores. O problema é que o Sport está pedindo um valor muito alto para liberá-los. O clube pernambucano está se preparando para a disputa da Série B e também precisa de um elenco grande para ir bem na competição.

Outros nomes que estiveram na pauta da direção atleticana já foram descartados. O atacante Ricardinho, do Marília, que é considerado o “rei do drible”, acertou com o São Paulo. O zagueiro Marinho pediu alto demais e mais uma vez está fora dos planos. Além desses, o meia Ígor (Rio Branco) está próximo de acertar com o Corinthians e o zagueiro Tiago (também Rio Branco) tem propostas do Corinthians e Palmeiras. Os dirigentes do Rubro-Negro teriam, inclusive, oferecido US$ 100 mil para ficar com ele, mas a proposta teria sido descartada pelos dirigentes do clube paulista.

Além disso, das quatro contratações feitas até agora, apenas o goleiro Diego está atuando regularmente. O volante Leomar tem amargado o banco, o atacante Tüske tem sido deixado de lado e o volante Luciano Santos está fora de forma.

Atlético, de favorito a comum

Ao contrário do ano passado, quando entrou na disputa do Brasileirão com o escudeto da CBF na camisa e era um dos favoritos ao bicampeonato, desta feita o Atlético começa o principal torneio do País como um mero coadjuvante. Não tem mais a base vitoriosa de 2001 e a aposta agora é nos pratas-da-casa. As principais novidades são o goleiro Diego (destaque do ano passado pelo Juventude) e o volante Leomar. Também chegaram os desconhecidos Roland Tüske e Luciano Santos. Para contrabalançar a inexperiência do atual elenco, os dirigentes trouxeram de volta o técnico Osvaldo Alvarez, um dos mais queridos pela torcida rubro-negra.

Mas, não será apenas o carisma de Vadão que vai fazer o Furacão voltar a brilhar no cenário nacional e apagar os seguidos vexames dados após a conquista da estrela dourada. O time deverá se reforçar ao longo da competição e mais dois jogadores são esperados para poderem atuar já na segunda rodada. “O mercado está muito difícil, todos querem muito dinheiro para liberar um bom jogador, mas nós estamos mantendo a meta de trazer pelo menos quatro reforços”, diz o assessor executivo Antônio Carletto Sobrinho, que tem a função de fazer as contratações no clube.

As buscas do clube estão concentradas no interior de São Paulo onde o dirigente andou garimpando, mas ainda não conseguiu concretizar a contratação das peças necessárias para a disputa das 46 rodadas com um time competitivo. As principais carências são de um zagueiro para comandar o setor defensivo, um meia para armar as jogadas e, pelo menos, um atacante que possa transformar em gols as chances criadas.

Enquanto os reforços não chegam, Vadão vai se virando com o que tem. Em 2003, o clube dispensou ou negociou quase um elenco inteiro: os goleiros Flávio e Adriano Basso, os laterais Luisinho Netto, Rogério Sousa e Fabiano, os zagueiros Sílvio Criciúma, Wellington Paulo e Gustavo, os volantes Douglas Ricardo, Preto e Vital e os atacantes Kléber e Alex Mineiro. Para substituí-los, foram promovidos para o elenco dos profissionais uma leva de juniores: o goleiro Tiago, o lateral Jean, o zagueiro Rodrigo Gomes, o volante Wellington, os meias Grilo, Claudinho e Jádson.

Grêmio vai mudar o esquema de jogo

O Grêmio começa o campeonato brasileiro deste ano em crise. O time é o mesmo que chegou em terceiro em 2002, reforçado pelo centroavante Christian. Nesta condição, deveria estar embalado e sonhando com o título. Mas um início de temporada frustrante, com eliminação precoce do campeonato gaúcho e apenas duas pífias vitórias na Copa Libertadores da América reduziram a confiança da torcida.

Depois de dois anos usando o esquema 3-5-2 o técnico Tite anunciou nesta semana a volta ao tradicional 4-4-2 para tentar reencontrar o caminho da vitória e permanecer no cargo. A novidade será testada na estréia, contra o Atlético, amanhã.

A maior aposta de Tite é num jogador que já estava no Olímpico. O ala-esquerdo Gilberto vai virar armador e terá a missão de dar ao meio-campo do time a cadência e a criatividade que andam faltando.

A presença de Gilberto no quadrado do meio-campo também muda o posicionamento de Rodrigo Fabri. O artilheiro do campeonato brasileiro de 2002 vai continuar ligando o setor com o ataque, mas deve aparecer mais no meio da área do que no flanco esquerdo como costumava fazer. A presença de Christian no ataque deve facilitar a vida dos armadores. No ano passado o Grêmio sofria sem ter um jogador capaz de fazer parede para a chegada dos meio-campistas e de reter a bola no ataque.

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