Maurren ainda aguarda uma decisão da IAAF

O relatório de resultado positivo para Clostebol da brasileira Maurren Higa Maggi, assim como a explicação da atleta enviada ontem pela Confederação Brasileira de Atletismo à Associação Internacional das Federações de Atletismo -a IAAF, estavam nas mãos do chefe de sua Comissão Médica, o sueco Arne Ljungquist, do Instituto Karolinska – que poderia ou não ter chamado mais especialistas para debater o caso e decidir se a saltadora será ou não suspensa.

É essa declaração oficial que a CBAt aguarda. Seu próprio presidente Roberto Gesta de Melo teria ido a Montecarlo na expectativa da resposta da IAAF (o que a assessoria da CBAt nega em nota oficial). Maurren tem passagem marcada para viajar sexta-feira a Santo Domingo, para competir nos Jogos Pan-Americanos no início da semana que vem.

Nesta quarta-feira, de Santo Domingo, o médico Eduardo De Rose da Comissão Médica da Organização Desportiva Pan-Americana e responsável pela coleta de amostras de doping do Troféu Brasil de Atletismo, explicou que existem substâncias que precisam ser quantificadas no laboratório para, a partir do resultado, caracterizarem doping. Não é o caso do Clostebol (doping, independentemente da quantidade).

A explicação vale pelas especulações de que a amostra de urina de Maurren teria apresentado dez vezes a quantidade tolerada, que seria de 5 ppb, ou partes por bilhão – e, assim, o creme pós-depilação Novaderm valeria até como “álibi”. “Não sei se o Ladetec (laboratório do Rio de Janeiro) fez essa quantificação que é complicada. Quando é doping de qualquer jeito, o laboratório não precisaria fazer. Se a atleta quiser, consegue.”

Em Mônaco, a resposta é recebida por Gabriel Dolle, responsável pelo doping do atletismo. “Ele pode julgar ou pedir um parecer mais sofisticado. É essa a reposta do Arne que esperamos. E que o Gesta (presidente da CBAt) deve trazer de lá de Montecarlo para Santo Domingo.”

Voltar ao topo