Mauro ainda está inseguro após o lance em Florianópolis

O preparador de goleiros Renato Secco isentou de culpa o goleiro Mauro nos gols sofridos em Bragança Paulista. Nem mesmo no primeiro, naquela cobrança de falta de Danilo Bueno. “Ali, o erro maior foi da barreira. A bola passou muito baixa e foi no canto”, justificou, após rever o lance inúmeras vezes, em DVD.

Para o profissional, Mauro ainda paga o preço pelo gol de goleiro que sofreu na sua estréia, em Florianópolis. “O Paraná não faz um bom campeonato e isso reflete em todos, inclusive os goleiros”, analisou Secco, avisando que só há uma fórmula para mudar essa história: “trabalho, muito trabalho”.

Na avaliação de Renato Secco, nenhum dos goleiros utilizados nesta Série B – Fabiano Heves, Gabriel e Mauro – podem ser responsabilizados pelos fracassos do time.

“O Fabiano fez um grande Paranaense. O Gabriel havia sido destaque do time no ano passado ao substituir o Flávio. E o Mauro é um jogador de extenso currículo. Todos têm qualidade”, destacou Renato Secco, protegendo seus “pupilos”.

Para o preparador de goleiros, o problema atual é a situação crítica do clube na tabela de classificação. “A pressão é grande e o goleiro, em especial, não tem nenhuma gordura pra queimar. Só pegando tudo”, desabafou.

Mais do que treinar os goleiros do Paraná – além do trio citado, faz parte do grupo o jovem Luís Carlos, o único ainda não utilizado na Série B -, Renato Secco está procurando conversar muito com todos eles. Em especial com Mauro, que apesar da extensa bagagem (com um título nacional vestindo a camisa do Santos, em 2002) se mostra instável no decorrer das partidas.

Em Bragança, se não falhou nos gols, foi personagem principal de um lance bisonho, em que a bola passou por entre suas pernas e quase foi parar na rede tricolor. Seria o quarto gol do Bragantino. “Nesse lance, concordo que houve falha”, admitiu Renato.

Para o preparador, Mauro ainda não se recuperou plenamente daquele gol sofrido em Florianópolis. “Foi algo que mexeu muito com ele, pois houve repercussão internacional”, comentou Secco. “Mas, só há um jeito de mudar essa imagem: trabalhando, jogando e superando essa fase. Que não é só do camisa 1, mas de todo o grupo”, lembrou.

Afinal, o Paraná completou cinco derrotas seguidas fora de casa. Em todas elas, levando três gols. Foi assim contra São Caetano, Ponte Preta, CRB, Avaí e Bragantino.

Retrospecto que contribui para o péssimo desempenho do time na Série B, com a 5.ª defesa mais vazada (36 gols) e o 3.º pior saldo dentre  os 20 participantes (-13).