Marquinhos acerta com o São Paulo

O São Paulo conseguiu seu sétimo reforço para a temporada de 2004: o meia Marquinhos, de 22 anos, que defendeu o Paraná Clube no campeonato brasileiro, cujos direitos federativos pertencem ao Bayer Leverkusen, da Alemanha. O Tricolor paulista acertou um empréstimo de seis meses, renovável por mais seis. O jogador, que estava em Florianópolis e se apresenta hoje, confirmou o acordo: ?Eu queria jogar no São Paulo. Felizmente, deu tudo certo.?

O maior problema foi acertar a duração do empréstimo. No fim do ano, Marquinhos viajou à Alemanha e foi informado de que o clube não poderia utilizá-lo neste momento, mas que ele estava nos planos para a próxima temporada européia, que começa em julho. O problema era: o que fazer nos próximos seis meses? Então, surgiu o interesse do São Paulo e do técnico Cuca.

O novo treinador do São Paulo gosta de jogadores que façam várias funções em campo e conhece bem Marquinhos, que foi seu atleta no Avaí e no Paraná. No time paranaense, sob a direção de Cuca, o jogador conta que atuou de meia-direita, meia-esquerda e até como atacante. ?Até a função do 1 (meia-de-ligação) eu fiz.?

Em relação à duração do empréstimo, Marquinhos garante que isso não será problema: ?Neste momento, o que importa é a vontade do jogador. E a minha vontade é de jogar bem no São Paulo, fazer um bom campeonato e ficar por um ano aqui.?

Na verdade, Marquinhos está retornando ao São Paulo. Quatro anos atrás, o jogador ficou 20 dias no CT da Barra Funda, mas não foi aproveitado. Em seguida, acertou com o Bayer Leverkusen – antes de se apresentar ao time alemão, ainda jogou dois meses na Inter de Limeira.

Marquinhos volta ao São Paulo mais experiente e forte: 1,81m e 81 kg. Em 2000, pesava apenas 74. O jogador explica a transformação: ?Quando estava na Alemanha, sofri uma cirurgia no ligamento cruzado do joelho direito. Fiquei oito meses me recuperando. No total, um ano parado. Durante esse tempo, fiquei aprimorando a parte física. Ganhei massa muscular.?

No ano passado, foi emprestado ao Paraná Clube. ?Já fizemos uma boa campanha na Copa do Brasil?, disse o jogador, que foi um dos destaques do Campeonato Brasileiro de 2003. ?Foi o melhor ano da minha carreira.?

Trabalho

Os jogadores se submeteram ontem aos primeiros testes físicos. Segundo o preparador Sérgio Rocha, o grupo se apresentou bem na média – inclusive, os reforços. Gabriel, Adriano e Gallo foram os que mais se destacaram nos testes.

O zagueiro Jean apresentou-se ontem, contrariando os boatos de que estaria em Moscou tratando de sua transferência. O jogador garantiu que está negociando a renovação do contrato com o São Paulo, que termina em 2 de março.

Ricardinho sem grandes opções

Ricardinho terá de se acostumar a ficar fora da vitrine, depois de mais de cinco anos de fama. Desde 1998, quando chegou ao Corinthians ainda com pouco destaque, até o fim do ano passado, no São Paulo, o meia sempre esteve entre os principais jogadores do futebol brasileiro – tanto que participou da conquista do Mundial de 2002. Agora, porém, seu tio e procurador, Rubens Pozzi, tenta definir sua transferência para clubes considerados médios da Europa, que não têm tanta repercussão nem pagam os mesmos valores que recebia no Morumbi.

É o preço pelo fraco desempenho em quase 1 ano e meio no São Paulo, onde não conquistou título e marcou apenas cinco gols. Para onde vai Ricardinho? O empresário mantém sigilo. ?Não quero especulações?, diz Rubens Pozzi. Mas ele já negocia e pode definir o rumo de seu sobrinho em poucos dias. O Panathinaikos, da Grécia, é um dos fortes candidatos e já fez contato, segundo pessoas próximas ao atleta. Clubes do futebol coreano também têm interesse, mas seu destino mais provável é a Europa.

?O Ricardinho tem mercado na Inglaterra?, opina Dick Law, ex-executivo da Hicks Muse. O norte-americano atualmente intermedia negociações, principalmente com o futebol inglês, embora não participe desse caso.

Apesar de não dizer publicamente, Dick Law admite que, no momento, Ricardinho pode atuar por times médios, como o Everton, e não de primeiro nível, como Arsenal, de Gilberto Silva e Edu, ou Manchester United, de Kleberson.

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