Mário Sérgio suspeita de esquema para puxar seu tapete

O técnico Mário Sérgio começa a ver ameaçado o seu cargo à frente do time do Atlético e já insinua uma despedida no domingo. Sem admitir erros na derrota para o Coritiba, na primeira partida da final do campeonato paranaense, o treinador declarou ontem que está sentindo um cheiro de fritura, mas não quis dizer de onde partiria a campanha para derrubá-lo do cargo. A diretoria, no entanto, mantém total apoio ao comandante rubro-negro e aposta na recuperação da equipe e no título da competição no Atletiba decisivo.

“Nós jogamos uma bela partida, um excelente jogo e perdemos com dez jogadores desde os 15 minutos (na verdade, a expulsão de Vânderson foi aos 17). Quem ficou 20 partidas invicto (na verdade, foram 19) tinha que perder uma”, disse o técnico ao ser questionado se tiraria alguma lição da derrota de sábado. Segundo ele, o trabalho está ótimo, ao contrário de uma suposta campanha para desestabilizá-lo no cargo. “Fico muito satisfeito pelo trabalho realizado dentro do Atlético e tem mais um jogo. O pessoal precisa ter um pouco mais de paciência antes de fritar as pessoas, tem mais um jogo”, apontou.

O treinador mostrou seu descontentamento com a imprensa e a torcida pelo pouco crédito que teria sido dado à invencibilidade da equipe. “A invencibilidade de 20 jogos (foram 19) se fosse em outro lugar talvez a torcida estivesse enaltecendo os jogadores e os profissionais que estão envolvidos e a imprensa também estivesse enaltecendo. Mas no Paraná as coisas não funcionam assim, eu não sei por que”, disparou.

Com nível

Resignado, ele saiu pela tangente quando foi questionado se haveria alguma campanha para derrubá-lo. “Eu não vou entrar nesse tipo de polêmica, mesmo porque eu fui do meio (ele trabalhou como comentarista de televisão) e não sou bobo. Não vou entrar nessa sua pergunta (para o repórter Dorival Chrispim, da CNT) de jeito nenhum. Eu quero terminar como iniciei, em alto nível”, declarou. Segundo ele, 90% das críticas que ele recebeu são injustas. “Eu sempre aceitei porque fiz parte da imprensa e sei como funciona. Existem muitos interesses envolvidos, mas o que eu posso dizer é que vou continuar sempre na minha retidão de caráter”, acusou.

Apesar da mágoa, os dirigentes garantem que Mário Sérgio não corre riscos. “Nós não temos nada a opinar contra o nosso técnico. Ele é muito conceituado e compete a ele determinar o que pode ser feito. Ele é o responsável pela preparação do time”, confia o presidente João Augusto Fleury da Rocha. Para ele, o técnico vai ficar e tem a missão de conquistar o campeonato estadual. E, se não conseguir a taça? “É uma hipótese que nós não trabalhamos com ela”, finalizou.

Começa venda de ingressos para a final

Os ingressos para Atlético x Coritiba, às 16 horas de domingo, pela segunda e decisiva partida da final do campeonato paranaense começam a ser vendidos amanhã, ao meio-dia. O Rubro-Negro vai colocar à venda uma carga de apenas 19.999 ingressos porque ainda não pode cumprir todas as exigências do Estatuto do Torcedor. Os preços serão os mesmos cobrados até aqui na competição.

A arquibancada vai custar R$ 15,00 (mulheres e crianças até 12 anos, R$ 10,00); a cadeira simples, R$ 50,00 e cadeira executiva, R$ 80,00. Estudantes e idosos acima de 60 anos têm 50% de desconto. A torcida atleticana poderá adquirir os ingressos na própria Arena; lojas Duplo Sentido, Agroplantas e Sementes, Arena Store e Candeias; churrascaria Napolitana e quiosques do clube nos shoppings Curitiba e Total. A torcida coxa deve procurar as bilheterias do Couto Pereira.

O clube da Baixada vai colocar 17.499 entradas para os torcedores atleticanos e 2.500 para os torcedores alviverdes. A explicação, segundo informaram os dirigentes, para a redução no número de ingressos se deve a falta de numeração na cadeiras, que ainda estão instaladas. No entanto, a torcida visitante ainda não terá à disposição essas novas instalações e continuarão usando a atual estrutura de arquibancada.

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