Eleição

Mario Celso Petraglia volta ao poder no Atlético Paranaense

Com 67% dos votos, a CAPGigante, encabeçada por Antônio Carlos Bettega e Mário Celso Petraglia, venceu as eleições presidenciais e foi empossada ontem mesmo para assumir o comando do Atlético no triênio 2012-2013-2014. Hoje, às 18h30, no CT do Caju, acontece a assembleia que irá empossar todos os demais integrantes da chapa, entre eles o novo presidente administrativo, o próprio Petraglia.

O resultado da votação saiu mais de quatro horas depois de encerrada a votação histórica no clube. Dos 7.688 sócios com direito a voto, 4.309 compareceram à urna, o que representou 56,04% do total de votantes – quase o dobro dos cerca de 30% que participaram nas eleições de 2008. Isso evidenciou a mobilização dos torcedores, que se viram envolvidos em uma campanha eleitoral como nunca se viu no Atlético. As chapas contaram com comitês, jingles, publicidades em veículos de comunicação e muitos ataques.

Petraglia, que superou a chapa Paixão pelo Furação com mais de 67% dos votos (3.213 elegeram o ex-presidente) lançou-se candidato no final de junho, com o objetivo de apresentar um projeto de conclusão da Arena da Baixada. Já seu adversário só foi conhecido no início de novembro, quando Diogo Fadel Braz também se anunciou candidato, ancorado por Ênio Fornéa Júnior. A partir dali, as duas chapas, que no passado faziam parte de um só grupo, passaram a trocar farpas para suceder Marcos Malucelli.

Não foram poucas as acusações. A Paixão pelo Furacão, por exemplo, utilizou vídeos tentando mostrar que Petraglia não entendia de futebol e publicou textos em seu site oficial, onde denunciava que o rival subiria o preço da mensalidade do sócio-torcedor para R$ 135. Do outro lado, Petraglia contra-atacava com um dossiê apontando o elevado gasto com o atacante Santiago “Morro” García – a contratação mais cara da história do Rubro-Negro – que chegaria a R$ 16 milhões.

A última cartada da chapa de Fadel foi apresentar uma ligação de Petraglia com o empresário Juan Figer, com o qual o Furacão teria deixado de lucrar cerca de R$ 69 milhões com negociações de jogadores, como o lateral-direito Alberto e o atacante Lucas, que foram vendidos ao Rentistas por um valor e logo depois negociados com o futebol europeu por uma quantia ainda maior. Como nada foi tacitamente provado, prevaleceu o peso do rebaixamento do clube para a Série B de 2012 – fato que foi grande “cabo eleitoral” de Petraglia.

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