Marcos vacila com o Arsenal

“O maior empecilho fui eu.” Marcos chegou ontem a São Paulo sem uma definição com o Arsenal, um dos clubes mais poderosos do mundo. Está deixando escapar uma oportunidade que pode nunca mais aparecer em sua carreira. O clube inglês e o Palmeiras já haviam fechado o negócio e faltava apenas o acerto com o goleiro. Somente um “probleminha” poderia afastar Marcos da Inglaterra. Pelo regulamento inglês, os jogadores extra comunitários precisam ter pelo menos 75% de convocações para jogos da seleção nos últimos dois anos. E Marcos alcançou 71% em 2001 e 2002. “Eles iam entrar com o recurso, mas seria muito corrido. Então, falei a eles que deixassem para depois, porque eu preferiria ir no meio do ano”, declarou o goleiro. “Eu nunca me preparei para isso, foi muito de repente, seria uma mudança muito grande.”

Marcos garantiu que vai continuar negociando com o Arsenal e que pode jogar na Inglaterra a partir de julho. Mas terá grande concorrência e as possibilidades de defender o clube europeu diminuíram bastante. O favorito a ser contratado pelo Arsenal passa, agora, a ser o turco Rustu Recber, do Fenerbahce, que teve ótimo desempenho na Copa do Mundo. A vantagem de Rustu é que seu contrato com os turcos termina no meio do ano e, assim, não custará nada aos ingleses – com exceção dos salários.

Com o fracasso na negociação, o Palmeiras deixa de receber US$ 3 milhões líquidos – já descontando comissão de empresário e parcela do atleta -, para o desespero do presidente Mustafá Contursi, que estava entusiasmado com a oferta.

O goleiro treinou ontem entre os titulares e está à disposição do técnico Jair Picerni para a estréia do Palmeiras no campeonato paulista, domingo, contra o Mogi Mirim, no Palestra Itália. Embora não esteja 100% fisicamente, Marcos deve jogar.

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