São Paulo (AE) – Nem bem terminou de comemorar a conquista do pentacampeonato, o goleiro Marcos afirmou que se apresenta terça-feira ao Palmeiras em Teresina (PI), onde o clube disputa a Copa dos Campeões. No entanto, o pensamento do jogador está na próxima Copa. Ele desmentiu que não jogaria mais pela seleção. “Vou ter idade suficiente e quero jogar sim mais uma copa pelo Brasil. É uma honra representar o País”, afirmou.
O atleta concedeu nesta sexta-feira uma entrevista coletiva num hotel da zona oeste da cidade. De acordo com ele, queria ter pelo menos mais 30 dias de folga após o longo trabalho na seleção. “Sei que não tem jeito. Já estou acostumado ao calendário do futebol brasileiro. Mesmo assim, vou me juntar ao grupo do Palmeiras e dar apoio para conquistar este campeonato”, disse.
Apesar das declarações provocativas do goleiro alemão Oliver Kahn antes da final da Copa do Mundo, Marcos contou que teve compaixão dele quando o alemão soltou a bola chutada por Rivaldo, no lance que gerou o primeiro gol de Ronaldo. “Não gosto que nenhum goleiro falhe, mesmo sendo adversário. Aquela jogada vai ficar marcada para o resto da vida dele. Imagino que até seus familiares serão cobrados por aquele gol”, ressaltou o goleiro titular da seleção, que não teve uma falha sequer durante a Copa.
Na opinião de Marcos, não há dúvida que Kahn era o melhor goleiro do mundo antes do Mundial. “Continuo achando isso hoje. O que não concordo é com sua eleição como melhor jogador da Copa, que para mim foi o Ronaldo”, enfatizou. Segundo o atleta, o melhor goleiro do torneio foi Rustu, da Turquia. “Vi muitos jogos da competição e ele teve uma excelente participação. Possui reflexo apurado e agilidade”.
Marcos confirmou que perdeu muitas horas de sono durante a Copa, em razão de terríveis pesadelos. “Eu acordava no meio da noite desesperado. Durante os pesadelos, eu tomava gols fáceis de defender, uns verdadeiros frangos. Despertava suando frio”, disse o atleta. “Ainda bem que tudo era fruto da imaginação. Nos momentos reais, fiz um bom trabalho”.