Marcos faz festa no Palmeiras, e torcida vaia Edilson

O ex-goleiro e eterno ídolo do Palmeiras, Marcos, despediu-se oficialmente do futebol em um amistoso entre a equipe alviverde, campeã da Libertadores-1999, e a seleção brasileira, que conquistou o pentacampeonato em 2002.
O ex-atleta chegou a fazer gol de pênalti e até atuou na linha para o delírio dos 36.517 pagantes que compareceram ao Pacaembu.

Mas também viu a torcida vaiar o ex-jogador Edilson, o banco Caixa e o presidente palmeirense Arnaldo Tirone, fato que não tirou o brilho da festa de encerramento de uma carreira de 532 jogos por um único clube.

Uma hora e meia antes do início da partida, a bateria da escola de samba Mancha Verde, maior torcida organizada do Palmeiras, começou a festa com uma música em homenagem a Marcos.

Depois, o puxador entoou canções de apoio ao clube. Os ritmistas, então, deram uma volta olímpica no estádio com seus instrumentos e agitaram os torcedores nas arquibancadas.

O clima de celebração foi quebrado quando organizadores do evento estenderam um tapete redondo do banco Caixa, patrocinador do amistoso e do rival Corinthians, no meio do gramado. Os palmeirenses protestaram com uma uníssona vaia, que voltou a ser escutada no anúncio da seleção brasileira de 2002.

Porém, os torcedores voltaram a ficar eufóricos rapidamente. Bastou o time campeão da Libertadores –1999 ser escalado no telão e nos autofalantes do Pacaembu para a festa ser retomada.

Principalmente, quando o nome do protagonista da noite foi chamado. Só um jogador conseguiu atrair tanta atenção dos palmeirenses: o ex- atacante e atual comentarista Edmundo.

E apenas outro teve o ‘privilégio” de ser hostilizado ostensivamente: Edilson, que defendeu o Corinthians no torneio continental vencido pela equipe alviverde há 13 anos. Tanto que aos 6min de partida, a torcida vibrou com uma falta sofrida pelo ex-atleta e o vaiava a cada toque na bola até ser substituído.

O primeiro momento de apreensão veio quando Rivaldo tentou encobrir Marcos do meio de campo. O arremate, no entanto, saiu pela linha de fundo para o alívio do público.

Logo depois, o estádio “explodiu” com a marcação de um pênalti sobre Edmundo. Marcos, que antes do duelo havia dito que não cobraria, não resistiu aos pedidos dos jogadores e da torcida e converteu a infração em cima do goleiro Dida, rival na Libertadores de 2000 e reserva do próprio ídolo palmeirense no pentacampeonato.

Após sofrer o gol do amigo, o ex-arqueiro corintiano recebeu um abraço do dono da festa. Ronaldo, de forma tímida, foi ‘perseguido’ pelos espectadores no reinício do confronto.

Com gritos de apoio ao Palmeiras, o público ainda viu Paulo Nunes ampliar o placar e Denílson fazer gracinhas, porém perdeu a paciência com a rápida aparição do presidente Arnaldo Tirone, que ouviu vários xingamentos.

Na segunda etapa, aos 12min, Marcos deixou o gol e foi para a linha. Pouco tocou na bola e viu seu eterno reserva Sérgio tomar os dois gols de empate. Ironicamente, Luizão e Edilson, que retornara a campo, foram os autores dos tentos. A mesma dulpa que foi eliminada da Libertadores-2000 pelo Palmeiras.

E quando o relógio apontou meia-noite e o dia passou a ser 12/12/12, o jogo foi encerrado pela árbitra Ana Paula de Oliveira. A torcida aplaudiu e Marcos fez um discurso de agradecimento.

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