Márcio May sonha com primeira medalha para o ciclismo

Rio – Único ciclista que atua no Brasil com vaga garantida nas Olimpíadas de Atenas, Márcio May se prepara para disputar sua terceira edição dos Jogos. Experiente, esteve em Barcelona (1992) e Atlanta (1996), foi medalha de prata no Pan-Americano de Winnipeg, ouro no Sul-Americano e conquistou recentemente o bicampeonato da Volta do Rio.

A prova mais importante do calendário latino-americano garantiu uma equipe de três ciclistas para ir à Grécia. May terá a companhia de Luciano Pagliarini e Murilo Fischer, que atuam como profissionais na Itália, e falou da emoção ao assegurar a disputa nas Olimpíadas.

“Estou muito feliz. A vaga foi muito disputada não somente entre os brasileiros, mas com todos os países. Eu sempre acreditei e desde o ano passado venho fazendo as contas de quantos pontos precisávamos. Conseguimos fazer a nossa parte e garantir as três vagas.”

Segundo ele, a Volta do Rio foi seu grande objetivo e o esforço acabou sendo mais do que bem recompensado. “Me concentrei e me dediquei ao máximo para estar bem, porque era a Volta que valia mais pontos. Estava muito ansioso, já que na Volta de São Paulo tudo estava indo bem e de repente uma queda me tirou da briga. Só relaxei quando terminou.”

Apesar de lembrar que o cliclismo europeu estar à frente, May ressalta que o Brasil evoluiu muito nos últimos anos e pela primeira vez pode trazer uma medalha na modalidade. “Temos de acreditar. O Luciano venceu três provas este ano, chegando na frente dos grandes velocistas, e o Murilo também tem conseguido bons resultados na Europa. Além disso, estou bem mais maduro do que nas outras Olimpíadas que participei.” Para o ciclista, a boa relação e o entrosamento com os companheiros podem ser fundamentais para o sucesso em Atenas.

“Somos grandes amigos e nos conhecemos bem. Isso é importante, pois podemos nos ajudar mais facilmente.”

May diz que a preparação para os Jogos de Atenas já começou. “Conversei com o Murilo e ele esta vendo a possibilidade de eu ir para a Itália competir algumas provas por lá antes das Olimpíadas. Isso me daria a oportunidade de treinar também com o Luciano, pois os dois moram na mesma cidade.”

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