O Atlético derrotou o Santos por 3 x 2 ontem, na Arena da Baixada, conseguiu sua segunda vitória no Campeonato Brasileiro e deixou a lanterna depois de seis rodadas, mas ainda está na zona de rebaixamento.
Além da garra e da insistência em tentar o gol, o Atlético também contou com a ajuda da chuva. O estado ruim do gamado tirou a qualidade do jogo para as duas equipes, atrapalhou o “espetáculo”, como disseram Renato Gaúcho e Muricy Ramalho, mas o Furacão soube tirar proveito das dificuldades e garantir a segunda vitória em casa.
E assim como tem sido neste Brasileirão, a torcida enfrentou mais um jogo sofrido e teve de esperar até o último minuto para poder soltar o grito da vitória. Depois de abrir 2 x 0, com Cléber Santana e Manoel, o Furacão permitiu o empate e só aos 45 do segundo tempo Marcinho garantiu os três pontos.
Com apenas 8 minutos de jogo, o Atlético já tinha devidamente se apresentado ao Santos, que era tido como favorito ontem, até pela partida que fez contra o Flamengo, na rodada anterior.
Mal deu tempo de as equipes se postarem em campo e o Furacão abriu o placar com um golaço de Cléber Santana, no estilo Neymar, levando quatro jogadores e batendo no canto esquerdo de Rafael, com apenas 4 minutos de partida. O Santos não teve espaço para mostrar sua qualidade e aos 8 minutos viu a torcida atleticana explodir novamente. Desta vez, Manoel mandou para as redes, depois de uma cobrança de escanteio de Marcinho: 2 x 0.
Mas o Furacão, depois da vantagem construída, acabou permitindo o empate santista, para desespero da torcida, que relembrava a derrota de virada para o Ceará. Neymar recebeu na entrada da área e, aos 12 minutos, diminui para 2 x 1.
No segundo tempo, Borges conseguiu girar na frente Manoel e fazer 2 x 2. Mas Marcinho, aos 45, fechou o placar depois de um cruzamento de Wagner Diniz, que tinha entrado havia pouco no jogo.
Destaque
Se a vitória teve mérito direto dos três autores dos gols, foi o prata da casa Deivid que teve atuação de destaque. Aos 24 minutos do segundo tempo, o volante sentiu o joelho e, mesmo com dor, voltou a campo. Mas não foi apenas pela atitude guerreira que o volante foi um dos melhores. Deivid teve papel fundamental no embate direto com Neymar e também segurando o meia Paulo Henrique Ganso em muitas jogadas, impedindo a dupla sensação de estragar a festa atleticana.
Menino de poucas palavras, Deivid foi rápido ao final do jogo, dando uma boa notícia para a torcida. “Não foi nada demais. O médico me examinou e estou pronta para outra”, assegurou o volante. E se o discurso geral foi de que vencer o Santos, equipe sensação do Brasil hoje, dá mais moral ao grupo, para Deivid o resultado tem outra leitura. “Faz parte do trabalho”, se limitou a declarar na saída do gramado.
Ficha Técnica
Atlético
Renan Rocha; Edílson (Wagner Diniz, aos 37 do 2.º), Fabrício, Manoel e Paulinho; Deivid, Kléberson, Cléber Santana e Marcinho; Branquinho (Rodriguinho, aos 16 do 2.º) e Santiago “Morro” García (Edigar Junio, aos 31 do 2.º).
Técnico: Renato Gaúcho
Santos
Rafael; Pará, Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Ibson (Rodrigo Possebon, aos 44 do 2.º), Elano e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Borges.
Técnico: Muricy Ramalho
Local: Arena da Baixada, em Curitiba
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ)
Assistentes: Dibert Pedrosa Moisés (RJ) e Francisco Pereira de Sousa (RJ)
Gols: Cléber Santana, aos 4, Manoel, aos 8, e Neymar, aos 12 do 1.º. Borges, aos 17, e Marcinho, aos 45 do 2.º
Amarelos: Edílson, Rodriguinho; Ibson, Elano, Neymar. Durval
Público Pagante: 18.898
Público total: 20.461
Renda: R$ 445.610,00