No Atlético desde o início deste ano, o meia-atacante Marcinho tem alternado boas, razoáveis e péssimas apresentações. Entretanto, apesar da instabilidade, os números mostram que ele tem sido importante no atual momento.
O jogador atuou por 38 vezes entre campeonato estadual (17 jogos), Copa do Brasil (5 jogos) e Brasileirão (16 jogos). Marcou 11 gols e é o vice-artilheiro da equipe na temporada. Somente no campeonato nacional é o artilheiro, com 5 gols assinalados. Também é o jogador com mais assistências na equipe.
Mesmo apresentando números representativos, a torcida e parte da crônica esportiva criticam Marcinho, principalmente devido ao futebol de alta qualidade que desenvolveu em outros clubes que defendeu, com destaque para o São Caetano. Nessas comparações, sob o olhar dos críticos, ele está deixando a desejar pelo potencial que possui.
Em conversa com o Paraná Online, o jogador falou sobre as alternâncias de rendimento e comparações com outras fases de sua vida profissional. Disse que as críticas são normais em virtude da situação que o time se encontrava e que o torcedor sempre cobra muito.
“Sou artilheiro do time no Brasileiro, vice da temporada e estou dando assistências. Mas o povo brasileiro é bem exigente né? (risos). Mas eu já fiz algo para que o torcedor viesse hoje me cobrar. Então eles pedem que eu faça o mínimo”, afirmou.
Paraná Online – O que mudou no Atlético nesses três últimos jogos. Além do posicionamento tático, mudou também a atitude?
Marcinho – Principalmente posicionamento. Porque você acaba não correndo tanto e produzindo mais. Neste momento é isso que precisamos. Quando digo correr menos é tudo dentro de um esquema tático, se dedicando e fazendo o que o professor pede. Isso tem dado certo. Wesley pela direita, eu esquerda e o Paulo centralizado. Os volantes não saindo do meio. O esquema está fazendo com que o atleta se empenhe 100% e isso está resultando num Atlético vencedor.
Paraná Online – Existem críticas que envolvem seu nome insinuando que o Marcinho ainda não é o mesmo que jogou no São Caetano e Palmeiras. Há exagero nessas críticas, não tem como comparar as fases?
Marcinho – Não encaro dessa forma. Joguei pelo São Caetano, Palmeiras, Cruzeiro. Em todos eram jogadores diferentes em épocas diferentes. Não dá para comparar. (No Atlético) tivemos um bom estadual e viemos com turbulências e dificuldades. Mas em alguns jogos e nos últimos três as coisas vêm melhorando para mim. Acredito que esse posicionamento vai fazer com que o meu futebol e de outros companheiros cresça. Em jogos passados, parecia que tinha corrido 11 quilômetros mas não tinha produzido nada. Então prefiro correr menos nesse espaço e ajudar mais, do que correr igual um desesperado e não produzir.
Paraná Online – Você vê uma evolução sua dentro do Atlético?
Marcinho – Vejo. Até mesmo em número de gols, assistências e desarmes. Hoje o momento é outro. O Brasileiro é um campeonato difícil. Se estivéssemos com esse padrão e postura desde o início do ano hoje estaríamos bem melhor. Espero que daqui para frente possamos dar mais alegrias para o torcedor.
Paraná Online – Há algum tempo você citou que poderia ser cobrado quando estivesse desempenhando a função que gosta e sabe fazer. A partir desse posicionamento dá para cobrar uma melhor performance do Marcinho?
Marcinho – Pode sim. O Lopes nos dá a liberdade de fazer com a bola aquilo que achar necessário, usar a velocidade, a habilidade e partir pro gol. Pegando a bola de frente e partindo ,como meia, chegando na área para fazer gol. Então acho que isso faz com que meu futebol cresça e os gols saiam. O momento está propício para todos melhorarem.