O técnico da seleção argentina, Diego Armando Maradona, fará sua estréia no cargo nesta quarta-feira (19), no amistoso contra a Escócia, em Glasgow. O ídolo da Argentina assumiu o comando do time nacional no último dia 4, em um clamor dos argentinos por melhores resultados e, principalmente, por um futebol mais vistoso por parte da seleção bicampeã mundial.
Apesar da pouca experiência como treinador, Maradona disse nesta terça-feira que não sente pressão por substituir Alfio Basile à frente da seleção. “Eu não sinto pressão de forma alguma”, afirmou um dos melhores jogadores da história. “Se eu não tivesse aceitado esse convite, seria um covarde. Eu preciso da Argentina e a Argentina possivelmente precisa de alguém para guiá-los”.
Maradona ainda lembrou que a pouca experiência como treinador não significa que encontrará dificuldade para fazer um bom trabalho com a seleção da Argentina. O ex-jogador, que teve um desempenho ruim comandando os times Deportivo Maniyu e Racing na década de 90 – em 23 jogos, foram apenas três vitórias -, disse que o sucesso do holandês Johan Cruyff é uma prova disso.
“Cruyff mostrou em seu tempo, no Barcelona, que isso é possível”, disse Maradona. No início da década de 90, o ex-jogador holandês teve uma passagem de muito sucesso pelo Barça, conquistando quatro títulos espanhóis e uma edição da Liga dos Campeões, em 1992.
Mesmo com muitas dúvidas cercando o trabalho do ídolo argentino, Maradona deixou claro que pensa grande. Após lembrar que a Argentina não chega às semifinais de uma Copa do Mundo desde 1990, na Alemanha, Diego disse que a intenção é alcançar o tricampeonato. “O único objetivo que temos com esse grupo de jogadores é terminar em primeiro. Este tem que ser o principal objetivo da Argentina”.