Desde que tomou a decisão de se dividir entre a seleção brasileira principal e a olímpica, Mano Menezes tem um problema intrincado para resolver e a situação vai ficando mais incômoda à medida em que se aproximam os Jogos de Londres. Eis o dilema de Mano: como só 18 jogadores podem ser inscritos no torneio olímpico, não é possível seguir a velha cartilha e convocar dois atletas por posição. Para o treinador, a única saída é apelar para jogadores que sejam capazes de cumprir mais de uma função.

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“É muito difícil ter de levar só 18 jogadores, especialmente porque dois desses têm de ser goleiros”, comentou. “Por isso, eu sempre disse que é importante ter jogadores que sejam capazes de exercer mais de uma função em campo. Sem dúvida nenhuma esse é um dos fatores que serão levados em conta na hora de formar o grupo para a Olimpíada.”

Por esse critério, alguns jogadores que estão com a seleção nos Estados Unidos têm clara vantagem. Um bom exemplo é Danilo. O atual jogador do Porto passou praticamente toda a campanha vitoriosa do Santos na Copa Libertadores do ano passado jogando no meio de campo, com sucesso. Na final, voltou à sua posição de origem, a lateral direita, e jogou muito bem, tendo até feito um dos gols do título.

O mesmo pode valer para Alex Sandro, lateral-esquerdo que no Santos também jogou no meio de campo. Há no grupo outros jogadores com essa vantagem, como Rafael, do Manchester United, que pode jogar nas duas laterais, e Rômulo, do Vasco, que tanto é capaz de jogar como cabeça de área, tendo como prioridade a proteção à defesa, como pode ser adiantado para atuar um pouco mais perto da linha de ataque. E Lucas, que ora é meia, ora é atacante. No caderninho de Mano, esses nomes estão marcados com uma cor especial.

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