Mano cita maior torcida paraguaia para explicar empate

O técnico Mano Menezes achou um jeito no mínimo peculiar de justificar por que o empate em 2 a 2 contra o Paraguai, neste sábado, em Córdoba, não foi um resultado ruim. Na entrevista coletiva pós-jogo, ele lembrou que os paraguaios eram maioria no Estádio Mario Alberto Kempes.

“Hoje (sábado) jogamos de visitante, o torcedor era muito mais paraguaio, e quando a gente sai para jogar na Eliminatória e vai jogar no Defensores Del Chaco (em Assunção), um 2 a 2 não cai o mundo. A atuação foi muito abaixo? Não. Temos que ter tranquilidade para entender isso”, analisou o treinador brasileiro.

Mano explicou também por que escolheu entrar com Jadson no lugar de Robinho. Segundo ele, o Paraguai já sinalizava que jogaria com três atacantes. Por isso, era preciso esvaziar a última linha de ataque e, por consequência, fortalecer o setor de meio-campo. “Precisava de um homem com a capacidade de compartilhar com o Ganso a armação.”

Mas Jadson, apesar do gol, só ficou em campo no primeiro tempo. Foi substituído no intervalo. Saiu porque tinha um cartão amarelo. “Ele havia tomado um cartão, e fez mais uma falta, que poderia ter recebido o segundo. A gente não podia perder um jogador num jogo como esse, num jogo tão parelho, tão equilibrado.”

Ao começar a formular sua pergunta para Mano, um repórter lembrou que a torcida argentina, ironicamente, estava pedindo por Diego Maradona. O treinador brasileiro interrompeu a questão para avisar ao jornalista que os argentinos queriam o ex-jogador como camisa 10, já se defendendo de qualquer questionamento sobre o risco de perder o cargo. Quando teve de volta a palavra, o profissional de imprensa completou a pergunta, questionando se o incomodava uma faixa levada pela torcida e que pedia Marta na seleção masculina.

Na resposta, Mano preferiu criticar a postura da torcida, que, pelo quarto jogo seguido, insistiu nos pedidos por Lucas. Não citou, porém, o nome do são-paulino. “Peço paciência porque às vezes você quer ver um jogador especificamente, mas isso não justifica você vaiar outro ou cobrar mais de outro por querer aquele outro nome. O torcedor precisa torcer para a seleção brasileira.”

Como tem sido de praxe a cada nova má atuação do Brasil, Mano justificou o mal futebol apresentado neste sábado pelo fato de o trabalho visando a Copa de 2014 estar só começando. “O torcedor é inteligente para saber o momento que estamos atravessando. O novo trabalho vai gerar instabilidade, vai oscilar durante o período de formação. Numa competição dura como a Copa América, a probabilidade de um resultado ruim é maior, a exigência é maior.”

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