Má campanha preocupa o Paraná

Estado de alerta. Por mais que jogadores e integrantes da comissão tentem dissimular e se concentrar exclusivamente no clássico de amanhã – às 20h30, no Pinheirão -, frente ao Atlético, a preocupação é evidente. São sete rodadas sem vitória, colocando o tricolor em “queda livre” na tabela de classificação. O “jejum” já custou doze posições ao clube, que agora está relegado à 19.ª colocação, a apenas quatro pontos do Botafogo, “lanterna” do brasileirão.

Numa temporada onde os quatro últimos serão rebaixados, o Paraná está à beira do “precipício”. São apenas dois pontos de vantagem para o Flamengo, que ocupa o 21.º lugar – e está na zona de rebaixamento. Pela média das últimas temporadas, para não correr riscos, o clube deve terminar o ano com 40% de aproveitamento. Após a derrota para o Palmeiras, o Paraná tem somente 36,1% de rendimento. Até mesmo a campanha em casa, até então a sustentação do tricolor, não mais impressiona.

Ao sofrer o segundo revés em seus domínios (ambos para o técnico Estevam Soares, que comandou Ponte Preta e Palmeiras), o Paraná é somente o 13.º colocado jogando como mandante, com um aproveitamento de 55,6%. Número insuficiente para “livrar” a equipe das últimas colocações, já que na condição de visitante a campanha do Tricolor é sofrível. Só não é pior que a do Paysandu. Sem nenhuma vitória fora de casa, somou apenas 16,7% dos pontos possíveis.

Trabalhando sob a “luz amarela”, o tricolor não pode pensar em outro resultado neste clássico senão a vitória. O capitão Axel pede tranqüilidade e acredita na evolução natural da equipe. “Fizemos um bom jogo frente ao Palmeiras, mas pecamos nos detalhes e isso não pode voltar a acontecer”, disse. O jogador sabe que a partir deste momento, apenas o resultado importa. “Precisamos vencer. Assim, a confiança volta e os adversários nos respeitarão ainda mais.”

O Paraná é o time há mais tempo sem vitória no brasileirão, há quase dois meses sem conquistar três pontos num jogo. Não superou, é claro, o recorde do Botafogo (que ficou em jejum por onze rodadas). O último triunfo ocorreu no dia 8 de maio (2×0 no Cruzeiro, com dois gols de Galvão) e de lá para cá, colecionou quatro empates – contra São Paulo, Botafogo, Vasco e Coritiba – e três derrotas – para Ponte Preta, Guarani e Palmeiras.

Goiano e Marcel serão as novidades

Mais uma vez o time do Paraná Clube sofrerá alterações. No clássico de amanhã, o técnico Gilson Kleina não poderá contar com o volante Beto, suspenso. O treinador – avesso a mistérios – antecipou a entrada de Goiano no meio-de-campo. Nos treinamentos de hoje deve anunciar a presença de Marcel como novo titular da equipe. O jogador entrou bem frente ao Palmeiras, fez um gol e deu nova dinâmica ao setor de criação.

A preocupação de Gilson Kleina é minimizar os “vícios” que a equipe vinha apresentando nos treinos e repetidos no jogo. “É preciso que valorizemos mais a posse de bola, evitando as ligações diretas”, disse. Por isso, quer um meio-de-campo mais participativo, como no segundo tempo do jogo do último domingo. Marcel entraria na vaga de Nélio, que oscilou muito na etapa inicial da partida, visivelmente ressentindo-se da falta de ritmo de jogo.

Para os jogadores, faltou tranqüilidade nas finalizações – e um pouco de sorte. “Poderíamos ter saído na frente. Aí, fica mais fácil jogar”, comentou o atacante Wellington Paulista. Kleina concorda. “O time mostra poder de reação após sofrer o gol. Não dá para ficar esperando”, alertou o treinador. Sem muito tempo para treinar, Kleina tenta fazer estes ajustes hoje, esperando uma equipe mais compacta no clássico frente ao Rubro-Negro.

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