Com a Vila Belmiro interditada por dois jogos neste Brasileirão, o torcedor santista só verá seu time estrear em casa no dia 13 de maio, na partida contra a Ponte Preta. Antes disso, mandará 2 jogos fora – em Mogi-Mirim (Atlético) e Santo André (Fortaleza). As freqüentes interdições estão sendo aproveitadas por aqueles que defendem a transferência dos jogos para o Pacaembu, mas o técnico Vanderlei Luxemburgo saiu na defesa do estádio. E pede aos torcedores que transformem a Vila numa espécie de ?La Bombonera? (estádio do Boca Juniors-ARG), porém dentro de um clima de paz.
Luxa lembra que existem os torcedores das sociais que ficam perturbando os atletas e ressaltou que não se pode generalizar a situação ?e dizer que os torcedores estão contra o Santos?. O técnico defendeu a manutenção do mando em Santos: ?Temos de atuar na Vila que é a nossa casa e os jogadores têm de se acostumar com essa meia dúzia de torcedores que fica enchendo o saco?. Acha que ?isso pertence à própria cultura do estádio, já está enraizado? e lembra que o time pode jogar algumas vezes no Pacaembu. ?O que não podemos é mudar de casa, muito pelo contrário.?
Luxa não esquece o trabalho que tinha, quando dirigia outras equipes, de preparar seus jogadores para jogar na Vila. ?É muito difícil para os adversários, pois inibe os atletas. Meu trabalho não era só preparar o time para jogar, precisava cuidar do emocional porque havia um receio de jogar sabendo que o Santos é muito forte em sua casa.?
O técnico entende que não pode haver confusão entre impor o respeito e o medo ao adversário e o uso de violência. ?Não podemos perder mando de campo por tornar a Vila um caldeirão?, disse Luxa, explicando que pretende que o torcedor exerça pressão incentivando e apoiando o time. ?Com isso, o adversário vai se encolhendo, ficando para trás.? Para ele, a violência só provoca problemas, como a interdição do estádio.