Luxemburgo não aparece no treino do Palmeiras

O incidente causado por cerca de 20 integrantes da torcida organizada Mancha Alviverde, na noite de sexta-feira (14), no Aeroporto de Congonhas, no embarque da delegação do Palmeiras para o Rio, deixou seqüelas. O técnico Vanderlei Luxemburgo, principal alvo dos torcedores, nem sequer participou do último treinamento da equipe antes da partida contra o Flamengo – o jogo acontece neste domingo (16), às 17 horas, no Maracanã.

Com uma luxação no braço, o comandante palmeirense teve de ficar em repouso no hotel. A diretoria do Palmeiras promete aumentar a segurança depois do incidente. “Foi um episódio reprovável, que ultrapassou o limite do razoável”, afirmou Savério Orlandi, diretor de futebol. “Trata-se de um caso de polícia”.

O dirigente palmeirense disse que o incidente acabaria tomando proporções ainda maiores, não fosse a forte intervenção policial – uma bomba de efeito moral chegou a ser lançada para controlar o tumulto – e dos seguranças do clube. “Poderia ter terminado em tragédia”, avaliou.

Orlandi rechaçou a hipótese, ventilada por um integrante da torcida organizada que não quis se identificar, de que o treinador do Palmeiras teria agredido um torcedor primeiro. “Não posso acreditar que o Vanderlei teve esta atitude”, declarou o dirigente. “Caso tenha havido reação foi para se defender. Este incidente foi organizado, orquestrado pela organizada”.

O Palmeiras vai solicitar as imagens captadas pelas câmeras do circuito interno da Infraero no Aeroporto de Congonhas. No treino realizado na manhã deste sábado, em General Severiano, sede do Botafogo, não foi permitido acesso de torcedores. Por orientação da direção, nenhum jogador se manifestou sobre o incidente. Depois do trabalho, que durou cerca de uma hora, a delegação palmeirense dirigiu-se diretamente para o hotel, em Copacabana, a cinco minutos do local de treinamento.