Polêmica

Luxemburgo diz que já havia sido ameaçado por torcida

A agressão sofrida por Vanderlei Luxemburgo no Aeroporto de Congonhas era um fato anunciado. Dias antes, o técnico palmeirense havia recebido uma ameaça ao recusar-se a fazer uma reunião com quatro integrantes da Mancha Alviverde. A resposta foi: “se não for por bem, vai ser por mal”. Nesta terça-feira, o técnico prestou depoimento ao Ministério Público (MP).

De acordo com o promotor Paulo Castilho, que cuida do caso, Luxemburgo cobrou punição aos vândalos e descartou um aparato especial de segurança. Ainda segundo ele, a primeira ligação para o técnico palmeirense ocorreu há uma semana. Paulo Serdan, presidente de honra da Mancha, pediu um encontro, no dia seguinte, para discutir a situação do time no Brasileirão. Luxemburgo foi enfático e afirmou que não dialogaria com torcidas organizadas.

As ameaças fizeram o treinador suspender um treino marcado para sábado e antecipar a viagem ao Rio para sexta-feira. Após o confronto, Luxemburgo fez exame de corpo de delito ainda no aeroporto. Na ação, será citado também um conselheiro do clube que foi cobrar o técnico no estacionamento do Palestra Itália, depois da derrota diante do Grêmio.

O comandante palmeirense compareceu com uma tipóia no braço direito ao Fórum Criminal da Barra Funda para a reunião com representantes do Ministério Público. A queixa, registrada no Juizado Especial Criminal, pode afastar os agressores por dois anos dos estádios.

Luxemburgo citou os nomes de três membros da Mancha Alviverde, a quem acusa de tê-lo agredido na sexta-feira à noite, no Aeroporto de Congonhas. Os acusados responderão a processo por agressão corporal. Um deles, identificado como “Leandro Lagartixa”, também fez Boletim de Ocorrência, mas acusando o técnico de tê-lo agredido primeiro.