Luiz Felipe continua saboreando o penta

Assunção –  Primeiro jogo da final da Libertadores, entre Olimpia e São Caetano. Estádio Defensores del Chaco, em Assunção, no Paraguai. Os dois times estão prontos para começar a partida quando Luiz Felipe Scolari é convidado a entrar em campo e dar o pontapé inicial da decisão, virando o centro das atenções. A cena na noite de quarta-feira ilustra bem o momento vivido por Felipão desde o dia 30 de junho, quando o Brasil conquistou o pentacampeonato mundial. O treinador da seleção brasileira virou uma celebridade internacional.

Agora, por onde passa, Felipão atrai o carinho, os elogios e a atenção das pessoas. Foi assim no Brasil, quando a seleção voltou da Ásia. Foi assim no Chile, onde o treinador passou alguns dias descansando. E foi assim no Paraguai, onde ele foi acompanhar a final da Copa Libertadores da América e participar do evento que anunciou a parceria entre a Nike e a Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol).

Quando chegou à sede da Conmebol, em Assunção, na tarde de quarta-feira, Felipão foi recebido com entusiasmo pelo presidente da entidade, o paraguaio Nicolas Leoz. “O Luiz Felipe Scolari é neste momento a figura mais brilhante do futebol mundial. Ele trouxe alegria não só para o Brasil, mas para todo futebol sul-americano”, elogiou o dirigente. Enquanto isso, jornalistas estrangeiros reverenciavam o treinador da seleção brasileira e o tratavam como um “doutor em futebol”.

Depois de ter sido tão criticado pela imprensa e pelos torcedores brasileiros nas Eliminatórias e até mesmo durante a Copa, Felipão está aproveitando para curtir o seu atual status. Segundo ele próprio disse, tem vivido “uma alegria diferente a cada dia” e também está “vendo como valeu a pena todo o trabalho e envolvimento com a seleção”.

Mas toda essa fama resultou no aumento do assédio do público e da imprensa. São autógrafos, fotos e entrevistas o tempo todo. Diante disso, Felipão reconhece que teve que mudar um pouco seu comportamento para se adaptar ao momento que está vivendo. “Em algumas coisas, como na postura e na imagem, somos cobrados muito mais do que éramos antigamente”, revelou.

Nada disso, porém, parece incomodar Felipão. Tanto que ele admite estar vivendo “um sonho”. E não parece muito disposto a acordar desse sonho. Pois, a cada dia que passa, mostra mais vontade de permanecer no comando da seleção brasileira e buscar uma glória ainda maior: o hexacampeonato.

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