O meia Lúcio Flávio ainda não tem rumo certo. Treinando no Paraná há uma semana, o jogador vive a expectativa de ser negociado a qualquer momento com outro clube do futebol brasileiro ou do exterior. A preferência é uma transação internacional, mas o empresário que pediu preferência para transacionar o atleta com a Turquia não voltou a manter contato com o procurador e tio do atleta, o ex-volante Ney Santos. Mesmo com contrato com o Tricolor por mais dois anos e meio, Lúcio Flávio está em um padrão salarial muito superior à realidade do clube.
A cada dia, porém, as chances de uma transferência para outro clube do Brasil diminuem. Pelo menos cinco equipes já manifestaram interesse, mas não houve acordo nem em valores de empréstimo nem na questão salarial. As propostas envolviam troca de jogadores e não sensibilizaram a diretoria paranista. O mais insistente é o Botafogo do Rio, que enviou um dirigente a Curitiba neste fim de semana. Ontem, ele esteve reunido com Ney Santos, mas não houve nenhuma definição. O clube carioca também vive seríssimas dificuldades financeiras e seus jogadores se recusaram a seguir para uma excursão à Europa devido aos salários atrasados.
Este também foi o fator determinante para a saída do técnico Abel Braga, substituído por Arthur Bernardes. “Acho importante que o Lúcio Flávio acerte com um clube onde possa voltar a ser ídolo, como era aqui no Paraná”, comentou Ney Santos. Não havendo nenhuma negociação vantajosa para o jogador e para o clube, a sua permanência no Paraná passaria a ser discutida. Com experiências ruins no passado, o Tricolor não quer correr riscos desnecessários. O meia Sidnei, que agora voltou ao clube, foi emprestado ao Fluminense e acabou ganhando o passe na Justiça do Trabalho, pois o clube das Laranjeiras atrasou salários por mais de três meses, infringindo a legislação. (IC)