Já se passaram 20 anos do terceiro título paranaense conquistado pelo Londrina, mas alguns dos heróis daquela campanha alviceleste ainda lembram os bastidores dos jogos e da festa como se fosse ontem. O êxito conquistado por eles, diante do União Bandeirante, em um Estádio do Café lotado, foi o último triunfo importante do clube. Também foi a última final entre equipes do interior no futebol paranaense.

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O ponto máximo do título estadual ocorreu no gol marcado pelo zagueiro João Neves, na terceira final do Estadual. O jogador aproveitou cruzamento de Roberto, garantindo vitória por 1 x 0 e a festa londrinense. “Ninguém saiu rico, ninguém fez independência financeira, mas tivemos hombridade para vestir a camisa do Londrina. A gente só cumpriu com a nossa obrigação”, comemora o personagem daquele jogo.

Apesar de ter no elenco atacantes de renome, e que posteriormente viriam a se consagrar no Tubarão, a zaga foi fundamental naquela decisão – principalmente no segundo jogo. É o que recorda Márcio Alcântara. “O torcedor já estava saindo do estádio e os jogadores praticamente desistindo. Mas como teve aquela falta aos 45 do segundo tempo, quando o Londrina perdia por 2 x 1 (resultado que dava o título ao clube de Bandeirantes) e sempre fui muito guerreiro, fui pra área cabecear. Já tinha até falado pros caras do União: parabéns, vocês mereceram. Foi aí que o jogador que estava me marcando deu um abraço e me deixou sozinho. Na hora que sobrou, nem acreditei que tinha feito o gol”, diz o autor da façanha.

Antes de chegar o grande momento do campeonato, atletas lembram que tiveram que passar por outras situações inusitadas. Entre elas, a de realizar parte dos treinos coletivos no sol forte do meio-dia. Ideia do então treinador Varlei de Carvalho. Só que, após o título, os jogadores tiveram a recompensa: ganharam um caminhão de cerveja.

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