Lima e Edu disputam vaga

A grande dúvida do Atletiba não existe mais. Alexandre Fávaro ganhou uma vaga no meio-campo do Coritiba e vai participar do clássico das 16h. Só que, com isso, não ficaram dissipadas todas as dúvidas alviverdes, e o técnico Paulo Bonamigo só define o time momentos antes da partida. Lima e Edu Sales disputam uma vaga e, para completar, Ceará virou problema de última hora para o jogo que pode fazer a festa dos 94 anos do Cori, que serão completados amanhã.

O lateral-direito torceu o joelho no treino de ontem, e passou a noite em tratamento intensivo. “Estamos preocupados. Passamos para o Bonamigo que a situação não é boa”, afirma o médico William Yousef. Apesar de contar com a presença de Ceará, o treinador coxa estuda possibilidades de substituição. “Posso colocar o Maurinho, o Edinho ou mesmo o Danilo.”

Mas como o próprio técnico não crê nessa hipótese (“Acho que não vai ser nada”, resume), o destaque do Coritiba é a permanência de Alexandre Fávaro. O meio-campista conquistou a vaga depois da boa atuação contra o Goiás, potencializada pelo gol que definiu a partida. “Não posso deixar de lado as boas atuações. Há jogadores que estão lutando bastante, e que não estão deixando as oportunidades escaparem”, justifica Bonamigo.

Para o “Príncipe”, é a hora de ter uma seqüência de jogos. “Eu quero ter a possibilidade de jogar várias partidas. Só que não adianta só isso, tenho que me ajudar”, reconhece o meia, que jogou seu primeiro Atletiba como profissional no ano passado.

Com o armador em campo, a expectativa de Bonamigo é manter uma equipe compacta, e que ainda tenha a presença de um emérito cobrador de faltas. “Nós conseguimos fechar a marcação quando não temos a posse de bola, e ficamos rápidos na saída de jogo”, comenta o treinador coxa. “Essa questão eu deixo para o Bonamigo. Ele é quem decide como eu devo jogar”, desconversa Alexandre.

Com sua escalação, fica apenas uma vaga na equipe para a disputa de Lima e Edu Sales. Perguntado, Bonamigo se esquiva respondendo de uma forma que poderia justificar a saída de ambos os jogadores. “Eu não posso manter na equipe um jogador que não está rendendo”, diz.

Lima é o favorito para começar jogando, até porque Bonamigo pretende povoar o meio-campo, o que ele consegue com o meia atuando ao lado de Alexandre Fávaro. Para colaborar com esse pensamento, o Cori fez na quarta a sua melhor atuação desde a saída de Tcheco. Mas o treinador também faz mistério porque sabe que o rival vai esconder o jogo. “Eu não vou definir o time porque sei que o Atlético não vai definir antecipadamente”, confessa.

Um veterano estreante no maior clássico paranaense

Um dos jogadores mais experientes do Coritiba faz hoje seu primeiro Atletiba. Apesar de ter estreado em um clássico contra o Paraná, o zagueiro Odvan enfrenta pela primeira vez o maior rival alviverde, e justamente na casa rubro-negra. Apesar da expectativa, ele garante que entra em campo da mesma forma que em outras partidas, mantendo sua posição de que todos os jogos são iguais.

Pode ser apenas uma posição externa, mas Odvan a defende com unhas e dentes. “Acho que é uma partida normal. Claro que é contra um rival, mas temos que encarar com a maior tranqüilidade, porque isso vai nos ajudar”, afirma o zagueiro, que assume a postura de líder da equipe, apesar de a braçadeira de capitão do Cori estar no braço de Reginaldo Nascimento.

O poder de comando de Odvan aparece em gestos como o visto depois do jogo contra o Goiás. Ao lado de Jackson, os dois comemoravam efusivamente a vitória, como se ela fosse a última. “Nós temos que jogar com alegria, e quando vencemos temos que festejar”, diz o zagueiro. “Acho que é a satisfação de ver um trabalho bem realizado. A gente comemora cada resultado como se fosse a final de uma Copa do Mundo”, confirma o meia.

E o zagueiro reconhece que exerce ascendência nos jovens jogadores. “Eu sei que a garotada vê o que a gente faz. E eles têm valor, acho que o Coritiba está bem servido com esses jovens”, elogia Odvan, que assume a posição de Edinho Baiano com a mudança tática implementada por Bonamigo, que sacou um zagueiro para a entrada de Willians.

Mas, por mais que Odvan ache que o jogo de hoje é normal, ele sabe que jogar na Baixada não é fácil. “Eu já joguei duas vezes lá, uma pela seleção (contra a Letônia, em 99) e outra pelo Botafogo, ano passado”, lembra. Nesse jogo, ele viu Dagoberto entrar em campo, roubar uma bola e sair correndo para marcar um gol incrível. “Nós temos que tomar cuidado com ele, que é muito rápido e talentoso”, elogia.

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