Tanto se discutiu estádio, local de jogo, ação na Justiça, reforma de gramado e relação entre clubes nas últimas duas semanas que acabou se esquecendo o motivo para que toda essa confusão entre Atlético, Coritiba e Paraná Clube acontecesse. O motivo é a fase final da Liga Mundial de Vôlei Masculino, que começa nesta terça-feira (4) na Arena da Baixada com duas partidas – às 15h05 tem Brasil x Canadá e às 17h10 tem França x Estados Unidos. É o terceiro megaevento esportivo que o estádio rubro-negro recebe, e novamente os olhos do mundo se voltam para Curitiba.

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O melhor do vôlei mundial estará por aqui. Além da seleção brasileira, campeã olímpica e maior vencedora da Liga (nove títulos), estarão aqui forças como Estados Unidos, o time que mais incomodou a geração comandada por Bernardinho; Rússia, uma escola do esporte; e Sérvia, que sempre vem com equipes de muita força física.

E há também a necessidade de adaptação de jogo em um estádio, sem as referências que uma quadra dá aos jogadores e com um clima bem mais frio do que os ginásios climatizados da Europa. “Estamos tentando lidar bem com o frio. Estamos usando roupas térmicas e temos que nos acostumar com isso. É um estádio, é muito maior do que estamos acostumados, mas tudo isso faz parte”, comentou o levantador Bruninho. “É um pouco diferente em termos de referência, de claridade. A noite parece mais com um ginásio, mas de dia é diferente”, avaliou Lucão.

Os dois são remanescentes do título olímpico no Rio de Janeiro, ano passado – e agora passam ao papel de líderes de um grupo com mais jogadores jovens, como o ponteiro Douglas, o central Otávio e o líbero Thales. Mas estarão em quadra outros campeões, como Wallace e Lucarelli, que entram como as esperanças de furar os altos bloqueios da Rússia e do Canadá, adversários do Brasil na fase semifinal.

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No banco, Renan dal Zotto. Um dos maiores jogadores da história do vôlei, responsável por ter feito do esporte uma mania nacional na década de 1980, ele terá a difícil tarefa de substituir Bernardinho, que em quatro ciclos olímpicos conquistou duas medalhas de ouro, duas de prata, três mundiais, duas Copas do Mundo e oito Ligas. Sabendo que é quase impossível superar o trabalho do ex-companheiro na Olimpíada de Los Angeles, em 1984, Renan pensa mesmo é em um bom papel nesta Liga Mundial. “O time treinou muito bem e esperamos chegar na terça-feira (hoje) no melhor momento possível para começar bem a competição”, afirmou.

Para Curitiba, só o evento já é um acontecimento em si – apesar da crise que foi vista no futebol local. Depois da Copa do Mundo e do UFC, a Liga Mundial reunirá centenas de jornalistas, terá transmissão de TV internacional e vai mostrar a cidade – e a Arena em especial – para todos os cantos do planeta. “Essa Arena foi construída, claro, com foco principal no futebol, mas é preciso ser multieventos, com a realização de shows, UFC e outros grandes eventos”, resumiu o presidente do Atlético, Luiz Sallim Emed.

Serviço

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Os ingressos já estão à venda no site www.ingressoscap.com.br, além de na própria Arena da Baixada e nos quiosques do Disk Ingressos, nos shoppings Palladium, Mueller e Estação. Os valores para a primeira fase (de terça a quinta-feira) são de R$ 190 na pista, próxima à quadra, e R$ 95 na Getúlio Vargas superior. Na semifinal, os preços são de R$ 252 na pista e R$ 126 na arquibancada, enquanto na final os valores são R$ 316 na pista e R$ 158 na Getúlio.

Vale lembrar que todos os setores contam com meio-ingresso para estudante, professor, pessoas acima de 60 anos e doadores de sangue, com clientes OuroCard tendo 25% de desconto, sócios do Atlético com 10% de desconto e clientes do Programa Eu sou do Vôlei com 20%.

As entradas são para cada dia de jogos, podendo acompanhar os dois duelos diários.