Lewis Hamilton larga na frente no GP da Itália de F1

Quando você olhar para as duas primeiras filas do grid para o GP da Itália de hoje, em Monza, notará que entre os quatro primeiros há um “dalit’, um estranho no ninho, piloto e carro de casta diferente dos que o cercam.

Na pole, uma McLaren, a de Lewis Hamilton. Em terceiro, a Ferrari de Kimi Raikkonen. Em quarto, outra McLaren, de Heikki Kovalainen. O “dalit’ é alemão, Adrian Sutil, e corre pela Force India.

Dos quatro, é o único que não leva em seu carro o KERS, sistema de recuperação de energia que dá uma potência extra de 80 hp em retas e faz uma brutal diferença numa pista de alta velocidade, como Monza.

Mesmo assim, sem KERS, Sutil garantiu um lugar na primeira fila e o segundo lugar no grid é o melhor de sua carreira. Em Spa, duas semanas atrás, o time já havia surpreendido, com a pole-position de Giancarlo Fisichella.

O italiano, ontem, já estava em outro carro, o da Ferrari. Foi mal na classificação, apenas 14º. O outro “dalit” da Force Vitantonio Liuzzi, foi muito bem e larga em sétimo. É sua primeira prova na temporada.

“É um momento único”, comemorou Sutil, que vai largar ao lado daquele que era seu companheiro de equipe na F-3 Europeia, nos idos de 2005. Hamilton, na época, era já protegido da Mercedes e da McLaren e ganhou o campeonato com 15 vitórias e 13 poles em 20 corridas. “Tenho muito respeito por ele”, falou o jovem alemão.

Lewis fez sua segunda pole no ano e 15ª na carreira. “É maravilhoso e emocionante saber que estamos de volta”, falou o piloto, comemorando o fato de a McLaren ter reagido num campeonato em que começou muito mal. “Temos uma boa estratégia para a prova e boas chances de ganhar”.

Os principais candidatos à vitória, porém, são coadjuvantes na luta pelo título. Essa ficou reduzida à dupla da Brawn GP, pelo jeito, já que a Red Bull despencou nas últimas provas – hoje larga em nono e décimo com Vettel e Webber, sem grandes chances sequer de pódio.

Na briga interna, Rubens Barrichello se saiu um pouco melhor: quinto no grid, contra o sexto lugar do líder do Mundial, Jenson Button, 16 pontos à frente do brasileiro.

Ambos devem parar apenas uma vez na corrida e estão preocupados apenas com eles mesmos. “É importante para mim chegar na frente do Jenson”, falou Rubens. A mesma frase pode ser lida com “Rubens” no lugar de Jenson, e foi dita pelo inglês.

Os treinos de ontem mostraram a superioridade dos motores Mercedes, hoje os melhores da F-1. Dos sete primeiros colocados, seis usam os motores alemães. Só Raikkonen se intrometeu no meio da esquadra tedesca. O GP da Itália, com 53 voltas, começa hoje às 9h de Brasília.

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