Levir desconsidera a festa da galera

A cantoria da torcida do Botafogo ao fim do clássico contra o Vasco entrou por um ouvido do técnico Levir Culpi e saiu pelo outro. Na atual situação do clube, ele não se permite vibrar com uma boa atuação contra uma equipe que era considerada favorita. Além de não ter vencido, o treinador está ciente de que a situação da equipe no estadual, com um ponto em seis disputados, é preocupante: “Não me iludo. Matematicamente, nossa situação é péssima. O campeonato é muito curto e precisamos de uma vitória logo a qualquer custo. Se perdermos ou empatarmos no próximo jogo, a classificação fica difícil.”

Esta vitória, segundo ele, tem que vir quarta-feira, contra o Americano, em Caio Martins. O time deverá ser o mesmo que começou o jogo contra o Vasco mas a postura, ele garante, será bem diferente. Como o empate, desta vez, não é bem-vindo, o Botafogo será bem mais ofensivo.

“Vamos jogar mais dentro do adversário. Quero mais contundência ofensiva”, disse ele, para logo depois ser lembrado de que Geraldo está machucado e não há centroavantes natos em seu elenco. “Realmente não temos jogadores de frente”, lamentou.

Entre os jogadores, a lembrança pela boa atuação contra o Vasco ainda estava fresca. Eles mostraram que o brio se tornou uma das principais armas do Botafogo para dar a volta por cima no estadual. Um dos líderes do time, o zagueiro Gilmar acha que o Botafogo está sendo menosprezado: “Muita gente esperava uma goleada do Vasco. Isso tudo mexe com a gente. Entramos com humildade e mostramos que não somos essa zebra que estão pintando. E podemos jogar melhor que jogamos. As pessoas têm que respeitar mais o Botafogo.”

Ao seu lado, o apoiador Fernando balançava a cabeça. Para ele, outro jogador experiente, o time alvinegro está preparado para as cobranças. “Isso aqui é clube grande. Estamos preparados para tudo.”

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