Levir ainda não definiu o esquema de jogo

Se Noel Rosa cantava em samba “com que roupa eu vou”, o técnico Levir Culpi, do Atlético, gasta neurônios para definir com que time enfrentar o Internacional, às 16h de amanhã, em Porto Alegre.

Após o rubro-negro enfiar seis no Goiás, na terça-feira, o treinador sabe que, contra os gaúchos, as condições de jogo são outras e será preciso muito estudo antes de se arriscar novamente com três atacantes: Ilan, Dagoberto e Washington. Por enquanto, ele não antecipa nada, mas Marcão e Alessandro Lopes deverão ser as novidades para a seqüência do campeonato brasileiro.

“Você analisa a melhor característica do elenco e escolhe o que é melhor para o time”, se esquiva Levir. De acordo com ele, assim, o time pode jogar com qualquer sistema. “Pode ser o 4-5-1 ou qualquer outro. O que eu procuro é o equilíbrio. Dá para jogar sim com três atacantes, mas temos que ver muito bem como é que vai ficar”, pondera.

Por enquanto, a única coisa que ele revela é que entre oito e nove jogadores deverão permanecer na equipe. “Temos uma avaliação para fazer, mas temos que manter a base e a cada jogo deverá haver um ou duas mudanças”, aponta. Isso quer dizer que a tendência é de que Marcão volte ao time, assim como Alessandro Lopes entre no lugar de Fabiano, suspenso. A outra possível mudança seria a permanência ou não de Ilan, mas isso vai depender dos estudos que o treinador fará sobre o Internacional.

Se Levir esconde o jogo, os condutores da vitória espetacular sobre os goianos já abriram campanha em favor da permanência da base de terça-feira. Tanto Washington, quanto Dagoberto e Ilan esperam continuar na equipe nos próximos jogos do Brasileirão. “Com o entrosamento, a gente vai melhorar ainda mais”, analisa Washington.

Para o atacante Dagoberto, se deu certo contra o Goiás, o esquema de jogo pode e deve ser mantido. “As coisas que dão certo na vida é bom manter. Ele está pedindo para quando a gente não tiver a bola, marcar, e vai da consciência de cada um fazer o que ele pede”, apóia. Apesar da alegria pelo bom futebol, o resultado expressivo e as chances do bicampeonato, Ilan pede que o time mantenha os pés no chão e continue trabalhando muito. “Temos de manter a humildade, porque sabemos que cada passo é dado no seu tempo”, completa.

Treino

Hoje, o treinador comanda um trabalho pela manhã já que a viagem para Porto Alegre está programada para as 17 horas. Ontem, o treinamento acabou sendo prejudicado pela chuva que caiu na cidade. O provável time para pegar o Inter. deverá ter Diego; Alessandro Lopes, Marinho e Ígor; Pingo, Bruno Lança, Fernandinho, Ilan (Jádson) e Marcão; Dagoberto e Washington.

Torcida tenta levar batucada para o 1.º piso

Alguns setores organizados da torcida do Atlético estão elaborando um manifesto pedindo a liberação da bateria no anel inferior da Arena. A alegação é de que o batuque aumenta a empolgação dos torcedores e o incentivo ao time, em campo, é maior. Mesmo assim, em princípio, a diretoria do Rubro-Negro não deverá mudar sua postura e instrumentos musicais somente serão permitidos no anel superior.

Segundo as mensagens que estão circulando nos fóruns de debate na internet, a idéia é mostrar para a diretoria do Atlético os prejuízos que o clube estaria e ainda poderia sofrer sem a presença da bateria. Com o batuque, o estádio rubro-negro ficou conhecido nacionalmente como um “caldeirão” e atraiu, inclusive, novos torcedores devido a isso. Para esses torcedores, sem a percussão, a Arena se torna um estádio frio e comum.

O manifesto ainda não foi nem entregue, mas, por enquanto, não deve ser suficiente para fazer os dirigentes mudarem de idéia. De acordo com Toni Casagrande, diretor de comunicação, a bateria no anel inferior gerou uma série de reclamações dos proprietários de camarote. “Estamos em fase de renovação dos camarotes e os donos não querem renovar devido ao barulho e a falta de visão”, explicou.

Ele alerta que a bateria não está proibida. “A posição da direção é determinante. Pode bateria, desde que seja no anel de cima”, destacou. Casagrande também esclareceu que faixas na Arena são permitidas desde que tenham até dois metros de comprimento.

Inter muda cozinha pra segurar 3 atacantes

O Inter terá mudanças em duas posições para segurar o ataque do Atlético, que no último jogo assustou e humilhou o Goiás por 6 a 0. O jogo será em Porto Alegre. Edinho, que vinha atuando como zagueiro, será volante. Já o paraguaio Gavilán, recuperado de lesão, volta à equipe na ala-direita. Com isso, Bolívar deixa o time. No Campeonato Brasileiro, o Inter não vence o clube paranaense há 13 anos.

O esquema será mantido com o 3-5-2 – com Alexandre Lopes, Vinícius e Sangaletti na zaga -, a fim de dar um maior poder defensivo ao Inter, contra o trio de ataque paranaense, Washington, Ilan e Dagoberto.

“O Edinho é volante de origem. Vamos aproveitá-lo onde ele está mais acostumado. O Gavilán também conhece bem a posição de ala e poderá dar uma boa contribuição na marcação e no apoio”, disse o técnico do Inter, Joel Santana, justificando as mudanças na equipe.

O atacante Nilmar segue de fora do time. Recuperando-se de uma contusão no tornozelo, há 50 dias, o jogador ainda não tem condições de jogo. Ele deve voltar a jogar somente na próxima semana, contra o Corinthians, no Pacaembu.

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