Leucemia tira Michelle das quadras

São Paulo – Michelle Splitter, de 15 anos e 1,96m, jogadora de basquete infanto-juvenil, terá de adiar por dois anos o sonho do profissionalismo. Michelle está em tratamento de leucemia linfóide aguda. A mãe, Elizabeth, professora de música em Joinville, onde a família da jogadora mora, deixou a escola para viver com a filha, temporariamente, em Campinas, interior de São Paulo, onde está o Centro Infantil Boldrini. ?Ela evita falar de basquete. Quando vê alguma coisa, chora?, comenta Elizabeth.

Michelle, que começou a atuar no Vasto Verde, de Blumenau, estava na lista das convocadas para a seleção brasileira que vai ao sul-americano sub-17, de 30 de maio a 5 de junho, em Assunção, Paraguai, depois de boa atuação na categoria cadete. Também estava sendo sondada por equipes da Itália e EUA.

Cássio, pai da jogadora, contou que Michelle havia feito um hemograma em julho do ano passado com resultado normal, se alimentava bem e não sentia nada. Foram pequenas tonturas e, mais tarde, o surgimento de hematomas, que levaram a novos exames.

?Leucemia é uma doença curável na faixa etária pediátrica. Michelle está um pouco acima disso, mas sua resposta à quimioterapia tem sido excelente?, informa a médica Simone dos Santos Aguiar, chefe do Departamento de Oncologia Pediátrica do Centro Boldrini.

Depois de oito meses de tratamento – que teve início em março -, Michelle poderá voltar para casa. Ao basquete, apenas em dois anos. ?Quando receber alta, ela voltará a ter uma vida normal, poderá jogar. Mas durante o tratamento não pode correr riscos de sofrer uma contusão?, explica a médica. Nos primeiros oito meses, terá de permanecer em Campinas, perto da clínica. ?Diante do diagnóstico, os pais foram indicados ao Boldrini, que é completo em termos de tratamento, com o acompanhamento psicológico fundamental na adolescência.?

Michelle é irmã caçula de Thiago Splitter, da seleção brasileira, que está em Vitória, na Espanha, e de Marcelo, de 17 anos, que atua em Blumenau.

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