Leonardo Neves é bicampeão do SuperSurf

Com uma apresentação impecável na semifinal, o carioca Leonardo Neves garantiu a conquista do bicampeonato brasileiro no SuperSurf 2003, levando a grande torcida que lotou as areias da Praia de Itaúna ao delírio. Ele não deu chances ao ubatubense Odirlei Coutinho e ainda dentro d?água comemorou bastante um feito que só o paranaense Peterson Rosa havia conseguido, o de faturar dois títulos consecutivos. Na grande final, mais relaxado e já com as chaves do Volkswagen Parati Cross-Over, ele acabou superado pelo também carioca Anselmo Correia, que ganhou a Saveiro SuperSurf, o carro oficial do Circuito Brasileiro de Surf Profissional. No feminino, a cearense Tita Tavares conquistou sua quarta vitória e fechou a temporada com 100% de aproveitamento. Na decisão, bateu a maior surpresa em Saquarema (RJ), a jovem paulista Cláudia Gonçalves, que superou duas favoritas para chegar no pódio.

Mas, como o título brasileiro feminino já estava definido desde a etapa passada, em Itacaré (BA), as maiores emoções em Saquarema estavam mesmo concentradas nas semifinais. Para Leonardo Neves, bastava derrotar o ubatubense Odirlei Coutinho e ele começou forte arrancando uma nota 8,33 logo em sua primeira onda, finalizada com um aéreo. Na quarta apresentação, já na metade da bateria, foi ainda melhor e recebeu uma nota 8,83 para estabelecer uma imbatível marca de 17,16 pontos. Odirlei Coutinho ainda tirou uma nota 8,07 e totalizou 14,74 pontos, terminando em terceiro lugar na prova.

“Dois high-score (notas altas) logo no começo da bateria e é isso aí, foi a pressão que eu coloquei desde o inicio do ano que está sendo premiada agora com o título de bicampeão brasileiro aqui em casa”, vibrou Léo Neves, que logo foi carregado nos ombros da torcida. “Eu sabia que tinha pouca onda hoje, mudei a minha prancha e fui para o extremo fazer um surfe radical, com manobras diferentes e os juizes valorizaram isso. Só tenho que agradecer a todos que sempre torcem por mim, à minha família, meus patrocinadores e também aos organizadores do SuperSurf, que é um circuito alucinante, com grandes premiações”, agradeceu o campeão.

Depois de atender pacientemente toda a imprensa, ele acabou se atrasando para entrar na grande final e o também carioca Anselmo Correia, que ganhou o outro confronto Rio de Janeiro x Ubatuba contra Renato Galvão na segunda semifinal, acabou carimbando a faixa do campeão brasileiro para conquistar sua primeira vitória no SuperSurf.

Feminino

Já no feminino, apesar de vice-campeã no SuperSurf de Saquarema, a paulista Cláudia Gonçalves era só alegria. “Na semifinal, peguei altas ondas e consegui derrotar a Andréa (Lopes), que é uma surfista que eu admiro muito e nem precisa falar nada, é uma tricampeã brasileira, né?”, disse Claudinha, que antes da semifinal já havia barrado a defensora do título do SuperSurf de Saquarema, Taís de Almeida, nas quartas-de-final. “Estou muito feliz, porque nunca tinha chegado numa final do SuperSurf e ganhar da Tita Tavares seria uma glória total, mas não consegui achar as ondas na final”, completou Claudinha, que ganhou 2.500 reais de prêmio pelo vice-campeonato, enquanto a campeã Tita Tavares faturou 5.000 reais, além das chaves do Volkswagen Parati Cross-Over pelo título brasileiro.

O SuperSurf 2003 foi uma realização do Grupo Abril e Abrasp (Associação Brasileira de Surf Profissional) e contou com o patrocínio da Vokswagen Saveiro SuperSurf e TIM, co-patrocínio da Garnier Fructis e apoio da Wagon, Hot Water e revista Hardcore.

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