Kleina pode mudar tudo no Paraná Clube

O técnico Gilson Kleina já admite mudar sua linha de ação e mexer na base da equipe para o jogo do próximo sábado – às 20h30, no Pinheirão -, frente ao Paysandu. Nos seis jogos à frente do time, o treinador procurou dar uma seqüência para o time, mas os resultados ruins podem determinar uma série de alterações numa equipe ainda em busca de identidade. Além de novas “peças”, Kleina também tenta dar confiança ao grupo, visivelmente abatido após o revés em Porto Alegre, a oitava derrota do Tricolor no Brasileirão.

É certo que irá buscar uma formação mais ofensiva, abrindo mão de um dos volantes. Com uma equipe mais cautelosa, o Paraná fez bom jogo contra o Figueirense, fora de casa. O que parecia ser um ponto de partida, tornou-se um fato isolado. Contra São Caetano e Grêmio, o Tricolor fracassou. “Se com três volantes sofremos quatro gols, alguma coisa está errada”, desabafou Kleina. Nesta mudança, pode sobrar para Beto, que em Porto Alegre já foi substituído no início do segundo tempo.

O técnico, porém, só começa a armar a equipe nos treinamentos de hoje. A saída de um dos volantes abriria espaço para a volta de Galvão, após cumprir suspensão. Esta porém, não é a única opção. Kleina preferiu não antecipar o que pretende armar para sábado, mas não descarta a utilização de dois atacantes de área. Só que para isso, o Tricolor também terá que ter nova postura, principalmente no que diz respeito às suas laterais. O rendimento de Alex Silva e Edinho está aquém do esperado e Cláudio e Vicente podem ganhar oportunidade.

Salvo da zona de rebaixamento pelos critérios de desempate – tem uma vitória a mais que o Atlético Mineiro -, o Paraná entra em campo pressionado pela necessidade de vitória diante de mais um concorrente direto. O Paysandu, que soma também 17 pontos, ao contrário do representante paranaense, chega à rodada motivado pela vitória sobre o então líder Palmeiras.

Oito devem deixar a Vila

Inconformada com a apatia do time frente ao Grêmio, a diretoria não “economizou”. Ainda em Porto Alegre, houve reunião até tarde da noite com todo o grupo. “Perder, tudo bem. Mas não daquela forma”, disparou o vice de futebol José Domingos. Preferiu não citar nomes, mas deixou claro que “a porta está aberta” para quem não quiser mais jogar no Tricolor. “Jogar uma primeira divisão brasileira é um privilégio. Quem não pensar assim, pode arrumar as malas.”

O grupo do Paraná sofrerá uma grande transformação a partir da próxima semana. O “enxugamento” irá ocorrer e uma lista de dispensas já está sendo elaborada. Como Gilson Kleina pretende trabalhar com apenas 27 ou 28 jogadores, calcula-se que oito integrantes do atual elenco irão “rodar”. A tendência é ainda que o clube busque mais alguns reforços. A política, agora, será trocar quantidade por qualidade.

O assunto, porém, só será tratado após a rodada do fim de semana. Comissão técnica e diretoria querem os atletas mobilizados para a “decisão” contra o Paysandu. “A partir deste momento, os atletas têm que dormir, comer e respirar esse jogo. Não importa como, o Paraná tem que vencer e aí sim vamos fazer os ajustes”, disse Zé Domingos. Há uma semana, o clube já emprestou Wesley e Alexandre para o Londrina, além de Nilson (que voltou para o Iraty) e William Xavier, dispensado.

Voltar ao topo