Principal revelação do Paraná Clube em cinco anos, o meia-atacante Kelvin já fala em tom de despedida. Ontem, ele completou 18 anos – com direito a muita farinha e ovos após o treino – e, assim, já está livre para se transferir para o futebol europeu.
O jogador acredita que isso deverá ocorrer no fim do mês, dependendo da determinação do Porto (Portugal), clube que adquiriu seus direitos federativos no início do ano. “Não sei a data certa. Mas espero ficar pelo menos mais este mês aqui no Paraná, ajudando meus companheiros nesse início de Série B”, disse o jogador.
Caso essa estimativa se confirme, Kelvin só estará à disposição do técnico Ricardo Pinto por mais seis jogos, sendo apenas dois destes na Vila Capanema.
Uma contagem regressiva a partir do duelo de sábado, frente ao Americana, no interior paulista.
“Não sei explicar, é um misto de alegria e tristeza. Sei que estarei partindo para um grande clube, mas já estou sentindo saudades dos amigos”.
Após uma ascensão meteórica – no ano passado, ele foi lançado no time principal pelo técnico Roberto Cavalo, num momento de dificuldade -, Kelvin espera continuar nos planos do técnico Ney Franco, nas seleções de base.
“O futebol português é uma grande vitrine”, lembrou, mesmo sem ter a certeza se irá atuar realmente pelo Porto.
Muitos clubes europeus adquirem jogadores jovens e depois os emprestam para ganhar maior bagagem.
“Na verdade, só sei que devo me apresentar ao Porto. Depois vou saber as coisas serão resolvidas.”
O atacante, nesse momento de despedida, demonstrou muita confiança no atual elenco do Paraná.
“O grupo é muito bom e o torcedor pode acreditar. Esse ano o Paraná vai subir para a primeira divisão. Sinto isso na pegada que todos estão demonstrando nos treinos e jogos”, avaliou.
Sobre um eventual substituto, o garoto prefere não apontar uma opção apenas. “Tem muita gente, o Diego, o Oliveira. O Ricardo Pinto está bem servido e saberá escolher a melhor alternativa para ocupar a minha posição”, arrematou Kelvin.