Kaká será titular da Seleção Brasileira

Teresópolis – Kaká será o titular do Brasil contra o Peru no domingo. Carlos Alberto Parreira, técnico da seleção brasileira, deixou isso claro ontem, apesar de sustentar que Kaká ou Alex é a única dúvida para o jogo de domingo. Kaká treinou no time titular ontem e isso, quando se trata de Parreira, vale por uma definição. “Olha, o fato de o jogador começar o treino como titular é um indicativo muito forte de que será o titular. Mas isso não interessa muito. Kaká e Alex são ótimos e com qualquer um o Brasil estará bem servido.” Quando a seleção se reuniu em setembro para o jogo contra a Colômbia, Ronaldinho Gaúcho estava suspenso e Alex foi escalado para o primeiro treino. No segundo, treinou Kaká, mas foi Alex quem jogou. Dessa vez, a preferência se inverteu. E significa que o jogador do Milan foi o escolhido. “Quem sai na frente tem preferência. Comigo, sempre é assim. É um indicativo que vocês têm de quem vai jogar. Mas, não precisa de pressa. Vou anunciar o time aqui no Brasil, antes de viajar.” Parreira acredita que tanto Alex como Kaká já sabem quem vai jogar.

“Não falei ainda com nenhum deles, mas o jogador sabe se vai jogar ou não.” O treino de hoje não servirá para que Alex vire o jogo. “São dois jogadores de alto nível e não serão avaliados aqui por treinamentos. Eu os conheço bem e sei o que esperar deles. O importante é que com um ou com outro, a estrutura tática do time não se altera. Vamos jogar da mesma forma, com Alex ou com Kaká.”

E Parreira está muito animado com esse jogo. Lima não lhe mete nenhum medo. Ele considera, inclusive, que o Brasil terá mais facilidades do que no jogo contra o Equador. “Podem acreditar que nós vamos ter muito mais espaço para jogar do que contra o Equador, que ficou parado atrás. O Peru vai atacar, eu tenho certeza e teremos campo para atuar.”

A certeza de que o Peru atacará e de que isso será bom vem do respeito que Parreira tem pelo time dirigido por Autuori. “Desde 1970, quando chegou nas quartas-de-final do mundial, o Peru não tem um time tão forte como esse. O Autuori é um grande treinador e está dando uma postura mais organizada para eles. Vai ser o encontro mais duro contra eles em eliminatórias, podem acreditar. É um time técnico e que tem uma vocação ofensiva histórica. E, como estão em boa fase, haverá 50 mil pessoas pedindo que ataquem o Brasil. E eles vão fazer isso. E teremos os espaços que precisamos para vencer.” Há uma esperança muito grande de que a seleção consiga seis pontos nos jogos contra Peru e Uruguai. “Temos de continuar na frente. Abrir uma vantagem, conseguir umas gorduras para queimar. Vamos fazer isso desde o inicio das eliminatórias para ter um caminho tranqüilo até o mundial.”

Rivaldo diz que na seleção tem o valor que merece

Teresópolis

– Rivaldo garante que chega à seleção brasileira de forma revitalizada.

O motivo principal é que aqui é respeitado, como não se sentia no Barcelona e não se sente no Milan.

“Tem gente que acha que estou velho e que não deveria ser chamado, mas a maioria reconhece o meu valor. Fui um dos artilheiros nas eliminatórias passadas, fui um dos melhores na Copa e joguei bem as duas partidas dessas eliminatórias. O Parreira e o Zagallo me respeitam, me dão valor, mas eu sei que fiz muito por merecer isso.” Aos 31 anos, tem apenas uma certeza em relação ao próximo mundial.

“Vou lutar muito para classificar o Brasil, mas não sei se estarei bem para jogar na Alemanha. O Zidane e o Figo estão na minha faixa de idade e acho que nós vamos para a Copa, mas não adianta prever nada. Tem é de trabalhar agora.” E trabalhar, ele garante, é o que mais tem feito no Milan. Pede que se ouçam Cafu, Dida e Kaká, seus companheiros de equipe como testemunhas.

“Trabalho demais, me esforço bastante, treino bem, mas não sou escalado. É uma coisa chata, por isso é que gosto tanto de vir para a seleção.” Rivaldo não vê em Ancelotti alguém que o persiga, como acredita que o holandês Van Gaal fazia no tempo de Barcelona. “É diferente. O Ancelotti é um cara engraçado, boa pessoa, conversa comigo, só não me escala. Não sei o motivo. Até desconfio, mas não sei.

O Van Gaal era muito diferente dele, era intratável.”

Parreira continua confiando em Rivaldo, mas mostra-se preocupado com a falta de ritmo do jogador. “Não há limites para um jogador do nível do Rivaldo. Ele já conquistou tudo, mas realmente fica em situação difícil por não estar jogando em seu clube. Tem de treinar muito.” E é o que Kaká tem visto Rivaldo fazer. “É impressionante como ele tem se dedicado. Chega antes dos outros, se esforça, treina muito e tem dado um exemplo para todos”.

Além dos problemas com Ancelotti, Rivaldo sente falta do filho, Rivaldinho, que está morando em Mogi-Mirim, desde a separação dos seus pais, após o fim de um casamento de oito anos. “É bem triste ficar longe dele, dá muita saudades, mas não se tem o que fazer. Estar aqui na seleção ajuda um pouco a matar a saudade.”

Ele quer voltar à Europa com seis pontos conquistados nos jogos contra Peru, em Lima, e Uruguai, em Curitiba. E talvez ajude a abrir a cabeça de Carlos Ancelotti, lhe dando um lugar ao lado de Kaká, o mesmo que, do banco de reservas, o vê defendendo a seleção brasileira.

Luís Fabiano, agora diferente

AE

Teresópolis – Um dia após ser suspenso por quatro jogos do campeonato brasileiro, o atacante Luís Fabiano, do São Paulo, iniciou os treinos na seleção brasileira prometendo mais uma vez mudar seu comportamento em campo para que “nunca mais” volte a ser condenado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

O jogador mostrou resignação pela pena aplicada, confessou ainda ter esperanças de ser o artilheiro da série A do campeonato brasileiro e ouviu atentamente os conselhos de um “mestre”, o coordenador-técnico da equipe, Zagallo.

Para tentar corrigir o comportamento irregular de Luís Fabiano, a comissão técnica da seleção escalou Zagallo. O coordenador teceu elogios, demonstrou admiração pelo jogador e certeza em sua reabilitação. Lembrou ainda ao artilheiro que a função de seus marcadores é a de justamente fazer provocações para descontrolá-lo.

De acordo com o ex-técnico, o atacante do São Paulo, de 23 anos, “tem tudo” para mostrar sua qualidade no futebol e abandonar de vez o mau comportamento em campo. “A cabecinha dele vai melhorar. Se precisar dar um puxão de orelhas, vou puxar as duas”, brincou Zagallo, que contou ter detectado problema semelhante no artilheiro Ronaldo, durante a Copa das Confederações, em 1997.

Para ver seleção brasileira, só mesmo no Pinheirão

O torcedor que quiser ver Brasil x Uruguai deve se prevenir na compra do ingresso para não ficar na mão. Ontem, a Confederação Brasileira de Futebol anunciou que não permitirá a transmissão do jogo para o Estado do Paraná, em área de alcance da rede paranaense. “O torcedor que quiser acompanhar o jogo só terá a oportunidade ao ir ao estádio”, afirmou o presidente da FPF, Onaireves Moura. O Pinheirão terá capacidade para apenas 35 mil torcedores no dia.

Os ingressos continuam à venda nas sedes do Paraná Clube (Avenida Kennedy), Atlético Paranaense, Coritiba, Federação Paranaense de Futebol e na loja Dib Esporte. Os ingressos para estudantes e idosos já se esgotaram, já que a FPF fez um acordo com o Procon para a venda de somente 10% em cada setor. A procura pelos bilhetes se acelerou na terça-feira e ontem também havia pequenas filas, principalmente na sede da entidade, no Tarumã.

Os portões do Estádio Pinheirão serão abertos às 16h da próxima quarta-feira, dia do jogo, e até o início – 21h40 – haverá uma série de atrações. Uma delas é o recorde de abdominais que o atleta Edmar Freitas tentará quebrar, encerrando a série na pista do estádio.

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