Kaká dá show no treino da seleção

O Brasil treinou ontem pela primeira vez com o time completo para o jogo de amanhã, às 11h (horário de Brasília), contra a Jamaica. Quem brilhou, no entanto, não foi Ronaldo, ausente do treino anterior, mas Kaká, que além de participar das principais jogadas ofensivas, marcou dois gols na vitória dos titulares sobre os reservas por 5×1.

“O Kaká jogar bem não é surpresa”, comentou Parreira sobre o excelente desempenho do meio-campista do Milan. Kaká surpreendeu ao costurar tabelas inesperadas e passes de calcanhar, atuando mais à frente, segundo a orientação do técnico: “o Brasil joga como se fossem três atacantes, um caindo pela esquerda, o outro pela direita, encostando no Ronaldo”, explicou Parreira.

O centroavante do Real Madrid ficou devendo um gol na tarde de ontem. “Estou guardando para domingo”, brincou ele, que ressaltou a dedicação com que todos os jogadores se empenharam no coletivo. “Todo mundo está com muita vontade, os reservas estão correndo atrás. Jogar na seleção tem que ser assim; sai um entra outro e o time mantém a qualidade. Todos se conhecem e estão entrosados.” De bom humor, Ronaldo comentou a possibilidade de superar o recorde histórico de Pelé, de gols marcados pela seleção. “A minha vontade é de superar até o tempo… tomara que a saúde ajude e a gente possa” (superar o recorde).

Enquanto falava, o pentacampeão Ronaldo era observado por Ahmed Deen, um dos três jogadores da equipe sub-19 do Lescester City que participaram do treino para completar o time reserva: “quando me falaram que treinaria com o Brasil achei que era brincadeira, mas estou muito feliz por ter concretizado este sonho”, disse o zagueiro, pouco incomodado por ter feito parte do lado que foi goleado.

Parreira vem exigindo empenho máximo dos jogadores e não se cansa de repetir que não importam as condições ou o adversário. Segundo ele, quando o Brasil entra em campo, o que tem que valer é o tradicional futebol de qualidade. “Todos que jogam contra o Brasil encontram motivação necessária para se superar e fazer o jogo de suas vidas. Mas, por mais que se queira recriar as condições de um jogo de Copa do Mundo, nem sempre e possível. Mas temos que encarar com o máximo de seriedade.?

A nova fórmula testada pela CBF para facilitar a liberação dos jogadores os amistosos tem que ser realizados na Europa para que os clubes cedam os atletas ganhou elogios do técnico. “Fica mais fácil. Evita-se assim uma viagem de 12 ou 13 horas, fuso horário, etc. É o sinal dos tempos, agora a comissão técnica viaja para encontrar o time.”

Parreira não tem muitas ilusões quanto a outros amistosos de grande porte este ano: “É um problema de datas que outras seleções também enfrentam. A Itália, está devendo um amistoso com o Brasil desde que mandamos uma carta requisitando o jogo a federação deles em 1991”.

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