Salvo contusão ou blefe, o Brasil está definido para encarar a Turquia, primeiro desafio no Mundial de 2002. A dúvida que restava no meio-campo foi desfeita, depois do coletivo de quarta-feira, no bem conservado campo de treinamento da universidade local. Juninho Paulista enfim deve ser titular, em vaga que já esteve para ser preenchida por Vampeta, por Gilberto Silva, por Kléberson, por Denílson, os pretendentes mais recentes.
?Diria que este é o time?, admitiu Felipão, depois de mais de uma hora de análises, de correções e de simulações de jogo. ?Com o Juninho, melhoramos o passe e tivemos mais criatividade no setor?, avaliou, ao mesmo tempo em que enumerou várias qualidades no craque do Flamengo.
?Ele deu equilíbrio às jogadas, é menos defensivo que outras alternativas que tínhamos, mas também pode atuar como sexto ou sétimo homem na marcação.? Marcar é uma das obsessões do técnico nacional. Em sua concepção de jogo, se o Brasil não tomar gol contra a Turquia, terá meio caminho andado para a vitória. Por isso, em vários momentos do coletivo advertiu os jogadores de meio-campo e da zaga para o risco de cometerem gafes imperdoáveis. ?Um defeito de nossos zagueiros é marcar a bola e não o adversário?, cutucou. ?Não pode ser assim, principalmente no caso dos turcos, que fazem jogada rápida de contra-ataque com o Hakam Sukkur.? O que Felipão entende por falhas pode ser compensado com os treinos que restam na semana. O próximo coletivo está marcado para sábado. Mas antes disso espera ensaiar novas situações de jogo que o levem a reforçar o esquema que pretende ver em prática na segunda-feira, no Estádio Munsu. ?Temos mais três dias para os acertos necessários.? A torcida brasileira também espera que esse tempo seja suficiente.