Julgamento no TJD definirá sequência do Acesso

O julgamento que ocorre na noite de hoje no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR) deve dar um novo desfecho à Divisão de Acesso do Campeonato Paranaense 2011. E o maior interessado nesta história, o Foz do Iguaçu, pode ir do céu ao inferno em questão de minutos.

Depois de no primeiro julgamento perder seis pontos pela escalação irregular do lateral-direito Alisson na partida contra o Sport Campo Mourão, o Foz tentará provar sua inocência no tribunal para ser novamente incluso nas semifinais.

Dependendo do resultado, no entanto, o Nacional de Rolândia continua com a vaga. Já o clube da fronteira, além de ver ir por água abaixo todo esforço realizado para a conquista do empate contra o Londrina, nos acréscimos da última rodada, pode ser rebaixado à Terceirona do Estadual em 2012.

A defesa do Foz alega em seu recurso que o atleta cumpriu a suspensão automática diante do São José, em jogo que não ocorreu por desistência do time da Região Metropolitana de Curitiba.

Para tal, se utiliza de uma resolução da CBF, que deixa claro: é considerada a vitória por WO sempre que há pontuação em partida onde a bola não rola. A Federação Paranaense de Futebol (FPF), porém, nega existência de WO, o que pode dar novo rumo ao caso.

Tudo pelo fato de que o jogador Alisson teria atuado nas três partidas seguintes, sem “cumprir” a suspensão. Resultado: ao invés de perder seis pontos, o clube da fronteira perderia 19, caindo então para os mesmos 12 pontos do Sport Campo Mourão na classificação geral.

Caso a entidade que comanda o campeonato defina também pela perda dos gols marcados, torna-se inevitável a queda do Foz do Iguaçu. Terceiro interessado, o Sport Campo Mourão cobra uma avaliação rigorosa no julgamento.

“Se o TJD não der ganho de causa para o Foz do Iguaçu, eles automaticamente têm que perder os pontos. Isso nos interessa muito. Se necessário entramos com recurso também”, disse o presidente do Leão Mourãoense, Luis Carlos Kehl.

Do lado da fronteira, no entanto, essa possibilidade nem é avaliada. “Não pensamos nisso de forma nenhuma. Temos a certeza que a equipe do Foz do Iguaçu não perderá ponto nenhum e nem corre o risco de ser rebaixada. Tenho um documento da federação (FPF) de que a partida foi considerada WO. E a resolução da CBF é muito clara quanto a isso”, defendeu o diretor financeiro do Foz, Ariz Osman.

E a confiança no advogado de defesa da equipe da fronteira, Domingos Moro, para ganho da causa é grande. ‘Nós nem pensamos nessa possibilidade e nem temos o que avaliar. Vamos ganhar a causa e vamos jogar as semifinais. Problema dos outros que vão ter que nos aturar’, concluiu Osman.