Jogos de computador são aliados da equipe brasileira para preparar a cabeça dos judocas para a Olimpíada.
A meta é ensinar os atletas a identificar e controlar seus níveis de ansiedade, que se manifestam com aquele “friozinho na barriga” ou tremor nas pernas.
Esse treinamento é feito com a ajuda de um software chamado Biofeedback.
Em um dos jogos, o atleta tem de conduzir um balão inflável por um caminho. Quando o judoca é bem-sucedido na missão, o balão flutua e aumenta de tamanho. Quando o atleta se desestabiliza, o balão cai.
“Ensinamos o atleta a usar técnicas de respiração que ajudam a equilibrar sua frequência cardíaca”, diz a psicóloga Adriana Lacerda, que trabalhou 12 anos nas equipes de base do Flamengo e com o dueto do nado sincronizado Lara e Nayara.
Quando a frequência cardíaca ideal é alcançada, o judoca é instruído a mantê-la por meio de respirações, pelo máximo de tempo possível. Assim, ele aprende a se controlar com a técnica.
O passo seguinte é atingir a superconcentração, quando o atleta não precisa mais pensar e já tem os movimentos automatizados.