Jogadores afastados criticam diretoria atleticana

Rafael Moura

“Na reunião fomos informados sobre o afastamento do grupo e que mesmo com a chegada de uma nova comissão técnica ela não contaria conosco. Eu, no pouco tempo aqui, passei a respeitar e a gostar do Atlético, tanto que tive propostas para trocar de clube e, por estar feliz em Curitiba, preferi permanecer. E agora fui pego de surpresa, porque há uma semana eu era titular da equipe. Ser afastado é uma situação complicada. Foram 50 jogos e 29 gols. Com a nova comissão as coisas complicaram bastante. Tenho certeza que nós cinco já fomos úteis num passado muito recente e tenho certeza que conseguiríamos dar a volta por cima e ajudar o Atlético. É péssimo para todos nós porque fica aquela imagem de jogador renegado. “Laranja podre, bode expiatório”, vamos ouvir muita chacota pra frente. Tomara que isso não manche a nossa carreira. Ser demitido é um coisa, às vezes há males que vêm para o bem. Mas ser afastado, humilha e magoa. É uma questão que não precisamos passar”.

Alberto

“Estou ferido pela decisão, porque as pessoas que me conhecem sabem da identificação que tenho com o Atlético. Infelizmente depois da minha volta tive contusões e não pude jogar tudo aquilo que sei. A minha intenção é cumprir o contrato, mesmo treinando em separado, porque quando voltei da Itália deixei bem claro que não tinha a intenção de jogar em nenhum outro clube do Brasil que não fosse o Atlético, pelo carinho que tenho pelo clube. E não vão ser essas pessoas que chegaram agora e que talvez vão embora antes de eu terminar meu contrato, que vão fazer com que esse carinho diminua. Estou ferido, triste, mas vou treinar em separado como eles querem, porque não tenho a intenção de vestir outra camisa. Talvez não vista mais a camisa do Atlético, mas vou fazer o que eles querem porque sou profissional”.

“Nem para mim nem para ninguém foi alegado o porque do afastamento. Fisicamente não seria o motivo, porque não estou mal. Foi dito que a decisão foi da diretoria. Tenho contrato e vou continuar sendo profissional. Virei treinar e fazer a minha parte. Não existe panela. Porque não acredito que afinidade com certas pessoas seja panela. Acho que panela é quando se forma para derrubar alguém ou fazer maldades. Aqui todo mundo é amigo, todos se dão bem. Nenhum dos cinco teve desavenças ou desrespeito. Todos cumpriram o que foi determinado”.

Zé Antônio