Jean Azevedo, no trecho
entre Tozeur e El Borma.

O piloto brasileiro Jean Azevedo, da equipe Petrobras Lubrax, está conseguindo manter a boa performance entre as motos no Rally Paris-Dakar 2003. Depois de conquistar o segundo lugar na classificação geral na etapa de ontem, hoje ele chegou em sexto no trecho entre Tozeur e El Borma, na Tunísia, e venceu novamente a categoria Production. Na classificação acumulada da prova desde a largada, em 1.º de janeiro em Marselha, na França, Jean aparece em sétimo. A colocação está dentro das expectativas do piloto paulista, que espera terminar o Dakar entre os 10 primeiros de KTM 660.

Foram 494 quilômetros no total, com 285 cronometrados de areia, duna, buracos e pedras. “Não dá para acompanhar o ritmo dos pilotos de ponta, que têm motos muito mais potentes. Nas retas eles passam como um foguete. Só consigo chegar mais perto quando o roteiro é sinuoso e técnico, mais lento. A maior velocidade que alcancei foi 156 km/h e os outros pilotos chegam a quase 200”, comparou Jean.

Um exemplo da potência das motos, principalmente as favoritas KTM 950, foi o estrago causado nos pneus. O espanhol Joan Roma e o italiano Fabrizio Meoni, duas vezes campeão do Dakar (2001 e 2002), por pouco não ficam pelo caminho porque os pneus traseiros das máquinas quase se desmancharam por completo. O francês Richard Sainct, também bicampeão do maior rali do mundo, foi o vencedor hoje, marcando 2h41m42s, 12m06s à frente de Jean. Agora Sainct é líder na classificação acumulada entre as duas rodas.

Caminhões

André Azevedo e os checos Tomas Tomecek e Mira Martinec, de Tatra, também tiveram uma boa colocação na etapa de hoje, garantindo o quarto lugar na geral dos caminhões. Na acumulada o brasileiro é o quinto. “Nós andamos bem hoje. O único problema foi um amortecedor dianteiro que estourou. E, embora tivesse sido anunciada como difícil, a etapa foi bem tranqüila”, disse André. `Hoje já deu para saber quem será mais competitivo no deserto entre os caminhões’, espera. O checo Karel Loprais, seis vezes campeão do Dakar, foi o vencedor do dia.

Mas se nas motos e nos caminhões o Brasil vem se dando bem, o mesmo não acontece nos carros. Klever Kolberg e Lourival Roldan terminaram a etapa de ontem em quinto na categoria Super Production Diesel e ficaram em 30.º lugar entre todos os carros. Na acumulada estão em 28.º. “Dois pneus furaram.

Depois do primeiro reduzi o ritmo, mas logo depois furou o segundo. Isso é horrível `porque você fica tenso a prova inteira”, disse o piloto do Mitsubishi Pajero Full da equipe Petrobras Lubrax. “Os pneus furados me `esvaziaram”, finalizou Kolberg. O japonês Hiroshi Masuoka, de Mitsubishi Pajero Evolution, ganhou a etapa de hoje.

Líbia

O Rally Paris-Dakar saiu de Marselha, na França, dia 1o de janeiro, e já passou pela Espanha e Tunísia. Nesta terça-feira a competição sai de El Borma e chega à Líbia. Serão 278 quilômetros até Ghadames. Contra o relógio os pilotos terão que percorrer 228 quilômetros. Quase tudo areia e duna. A prova terminará dia 19 de janeiro em Sharm El Sheikh, no Egito.

A Equipe Petrobras Lubrax tem patrocínio da Petrobras, Petrobras Distribuidora, Mitsubishi Motors do Brasil, Pirelli, e apoio da Controlsat Monitoramento Via Satélite, Minoica Global Logistics, Mitsubishi Brabus, IBM, Planac Informática, Nera Telecomunicações, Telenor Satellite Services AS, Kaerre, Capacetes Bieffe, Lico Motorsports, Artfix, Sadia, Dakar Promoções, Vista Criações Gráficas, Adventure Gears, Kodak Professional, Mercedes-Benz Caminhões e site Webventure (

www.webventure.com.br).
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