Jaguar sonda Burti para ocupar lugar de Pizzonia

A Jaguar está mesmo decidida a se livrar de Antonio Pizzonia. Em que pese o fato de ele ter um contrato com a equipe de três anos, o time começou na semana passada um processo de fritura que torna as coisas quase insuportáveis para o amazonense, que está em sua primeira temporada na F-1.

Tudo começou com declarações do porta-voz Nav Sidhu, dizendo que seu desempenho é “alarmante” e que dependendo do que ele fizesse em Barcelona, neste final de semana, sua posição na equipe seria “revista”. Em seguida surgiu a informação, confirmada pela McLaren, de que seu piloto de testes Alexander Wurz tinha sido procurado pela Jaguar para assumir o posto de titular já a partir do GP da Áustria.

A McLaren, no entanto, avisou que não libera o austríaco porque vai precisar dele para desenvolver seu novo carro, que ainda não estreou. A Jaguar não se deu por vencida: foi atrás de Luciano Burti, brasileiro que defendeu o time em cinco GPs em 2000 e 2001.

Procurado ontem por telefone, Burti não foi encontrado. Estava em trânsito, voando para Barcelona para assistir à quinta etapa do mundial, cujos treinos começam hoje. Seu empresário Márcio Valente disse que “não há nada” entre ele e a Jaguar e não explicou o que o piloto veio fazer na Espanha. Burti, que deixou o cargo de piloto de testes da Ferrari no começo do ano, está desempregado.

Pizzonia, que vem sofrendo muito nas comparações com seu companheiro Mark Webber, já considerado a surpresa do campeonato por ter largado em terceiro no Brasil e em quinto em Imola, garantiu que não está preocupado com o que chama de “especulações”. “Não leio jornais ou internet desde Imola. Meu trabalho é dirigir com concentração total e é isso que farei aqui”, disse.

O brasileiro recebeu o apoio do pessoal da Williams, equipe que o emprestou à Jaguar e pela qual trabalhou como piloto de testes em 2001 e 2002. “Antonio é muito veloz. Disse a ele para ignorar Webber. O que sua equipe está fazendo é errado”, falou Juan Pablo Montoya. “Ele só precisa de mais tempo”, concordou Ralf Schumacher. “Pizzonia já demonstrou ser tão rápido quanto nossos pilotos. Ninguém fica lento de repente. Seu time deveria se preocupar em apoiá-lo e em lhe dar um equipamento confiável”, acrescentou Patrick Head, um dos donos da Williams.

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