Jaguar afasta Pizzonia e chama Justin Wilson

Antonio Pizzonia está fora da Jaguar. A equipe afastou o brasileiro, conforme nota divulgada na manhã de ontem. Ele será substituído por Justin Wilson, outro estreante na categoria, inglês prestes a completar 25 anos revelado pela Minardi.

-Na nota, a Jaguar ressaltou que o amazonense “não foi capaz de mostrar seu potencial nas 11 corridas” disputadas neste ano. “A Jaguar decidiu, portanto, que não estava em seu melhor interesse (de Pizzonia) nem no do time em ter Antonio guiando como piloto por toda a temporada”, dizia o informe. No entanto, Pizzonia permanece trabalhando para a escuderia, agora na condição de piloto de testes e reserva de Mark Webber e de Wilson em uma eventual necessidade.

O diretor da Jaguar, David Pitchforth, na mesma nota, fez elogios ao novo piloto do time inglês. “Estamos satisfeitos por Justin ter se juntado a nós para o resto da temporada de 2003, algo que é uma oportunidade muito merecida”, comentou. O piloto havia feito uma visita à fábrica de Milton Keynes recentemente, onde teria ficado constatado que seu grande problema, a estatura ? Wilson tem 1,90 m ?, não seria um empecilho para a sua adaptação no chassi R4, já que a diferença para Webber, nesse sentido, não é tão grande.

O empresário de Pizzonia informou que a notícia foi passada a eles na manhã de ontem, mas que há três semanas já havia surgido a possibilidade do afastamento do piloto. Disse também que Antonio está surpreso com a decisão e que há até a possibilidade de se entrar com uma ação judicial por quebra de contrato ? o acordo previa a disputa das 16 provas desta temporada.

O final de semana em Silverstone para Pizzonia não foi dos piores, considerando que ele se classificou na frente de seu ex-companheiro, Webber, e na corrida, em determinado momento, chegou a ultrapassar o australiano em disputa pela oitava posição.

O brasileiro já tinha sido envolvido em uma possível saída da Jaguar às vésperas da quinta etapa do campeonato, o GP da Espanha, quando Alexander Wurz, piloto de testes da McLaren, foi procurado por representantes da equipe e só não tomou seu posto em virtude do veto de Ron Dennis. Na semana passada, alguns membros revelaram que a alta cúpula do time inglês estava “arrependida” de não ter dispensado Pizzonia logo no começo da temporada.

Rubinho cala críticos vencendo

Silverstone

– Rubens Barrichello é piloto de ponta de novo. Dez meses depois de sua última vitória na Fórmula 1, o brasileiro voltou a ganhar uma corrida e colocou fim a uma má fase que começou em Mônaco com um medíocre oitavo lugar e teve seqüência com atuações pífias em Montreal, Nürburgring e Magny-Cours. Domingo, o piloto da Ferrari reviveu seus melhores momentos. Fez uma das grandes corridas de sua carreira para vencer o GP da Inglaterra, em Silverstone, a 11.ª etapa do Mundial.

“Nas últimas semanas tanta gente falou tanta coisa sobre mim, agora é bom para calar a boca um pouco”, desabafou Rubens, sem citar Bernie Ecclestone, que o chamou de “mercenário”, muito menos Michael Schumacher, que na sexta-feira questionou seu papel no time, perguntando “quando que ele me ajudou?”, depois do mau treino.

Foi na sexta que Rubens parecia ter chegado ao fundo do poço, rodando na sua volta de pré-classificação. Mas ele reagiu de maneira soberba, fazendo a pole no sábado e vencendo a prova de domingo. Seu único momento ruim na corrida foi a largada. Caiu para terceiro, ultrapassado por Jarno Trulli e Kimi Raikkonen. Depois, começou a recuperação, vencendo a prova no braço, fazendo belas ultrapassagens, com manobras agressivas e arriscadas.

Raikkonen ainda perderia a posição para Montoya e terminaria em terceiro. Schumacher foi o quarto, depois de perder muito tempo para ultrapassar Trulli e Villeneuve. Saiu no lucro. Sua vantagem na classificação caiu de oito para sete pontos sobre o piloto da McLaren. “Rubens fez uma corrida perfeita”, resumiu o alemão.

Voltar ao topo