Apesar de ter entrado menos em campo que esperado, o meia Jadson, 27 anos, foi visto como uma das grandes revelações da Seleção Brasileira na Copa América 2011.
Logo após a eliminação nas quartas-de-final na Argentina, o jogador paranaense do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, retornou ao Brasil, onde fica até sexta-feira. Depois de passear com a família em Curitiba, Jadson foi ontem para Londrina, sua terra natal, onde permanece por mais dois dias junto de pais e amigos.
Antes de embarcar para o interior do Paraná, o ex-jogador do Atlético falou de seus sonhos na Seleção, projetos para o futuro na carreira e lamentou a situação do Furacão no Brasileiro 2011.
Qual avaliação que você faz da Copa América? Acha que poderia ter sido mais utilizado?
Já cheguei sabendo que tinha que treinar e lutar pelo meu espaço. Tive oportunidade de jogar, enquanto outros jogadores não tiveram nem a chance de entrar em campo. Deu pra mostrar um pouco do meu futebol. Eu sei que é difícil (jogar pela Seleção), pois tem grandes jogadores de qualidade no grupo.
Como ficou o clima na Seleção após a eliminação contra os paraguaios?
Pela eliminação, eu estou muito triste. Acho que o Brasil tinha condições de chegar à final. O time jogou bem, mas a sorte não esteve ao nosso lado. Depois do jogo teve a janta e os jogadores foram cada um pro seu quarto. Todos ficaram chocados. Ninguém esperava essa eliminação.
Como foi sua relação de trabalho com Mano Menezes nesse período?
É um cara que sempre conversa com os jogadores, que expõe o que pretende e tem em mente pra fazermos em campo. Ele foi um treinador que me ajudou muito, aprendi muita coisa.
Cheguei a conversar a sós com ele sobre tática inclusive, um dia antes do jogo contra o Paraguai (no empate pela primeira fase, na ocasião em que Jadson marcou seu primeiro gol com a camisa da seleção), quando ele me explicou o que tinha pra fazer em campo.
O que pensa para as próximas convocações?
Tenho uma expectativa boa. Joguei 45 minutos apenas na Copa América, mas estou esperando uma nova convocação. Aparecendo oportunidade, vou agradecer a Deus novamente, pois tenho trabalhado forte para que meu nome esteja na próxima lista de Mano Menezes.
Já pensa em Copa 2014?
É o objetivo de todos os jogadores de futebol, qualquer brasileiro quer disputar uma Copa. Eu não sou diferente. Quero continuar trabalhando pra que possa atuar bem, onde quer que eu esteja, pra aparecer e quem sabe conseguir realizar meu sonho de jogar a Copa do Mundo no Brasil em 2014.
Depois de ganhar projeção na Seleção, quais os planos para o futuro?
Sempre tive vontade de jogar em um grande centro europeu e acho que agora é uma grande chance. Quem sabe na próxima janela aparece alguma equipe que possa me contratar. Há seis anos estou no Shakhtar, tive uma história muito bonita na equipe e, se aparecer alguma oportunidade, vou estudar bem.
E o Atlético? Tem acompanhado?
Eu acompanho, sim. Vi os resultados no Brasileirão, com dois empates só. Já faz seis anos que estou fora. Do pessoal que jogava antes comigo, o último era o Alan Bahia, que já saiu (foi para o Goiás).
Ainda assim, não sei o que esta acontecendo, o que se passa lá dentro, mas a situação do Atlético hoje é algo que não acontecia faz muito tempo. Era algo que ninguém imaginava. Apesar de tudo, o Atlético tem uma grande estrutura e, se a mentalidade der uma mudada, as coisas mudam em campo.
É verdade que você planeja montar um time de futebol em Cambé, no interior do Paraná?
Estamos (Jadson e seu pai) estudando ainda, mas de concreto não tem nada. Até o momento o que existe é apenas uma fase de análise.