A ginasta Jade Barbosa revelou semana passada, em nota publicada no seu site oficial, que a lesão que sofreu no punho direito foi considerada “gravíssima” pelo médico Ricardo Laranjeira, depois de analisar uma bateria de exames realizadas pela atleta.
Diante da gravidade, o caso será analisado por outra equipe médica e é provável que Jade Barbosa deixe o País para dar continuidade ao tratamento. A atleta se contundiu no início do ano, mas seguiu competindo e participou dos Jogos Olímpicos de Pequim, onde disputou a final por equipes, com a seleção brasileira – em oitavo lugar -, e também a da competição individual geral, terminando na décima posição – chegou a ser cotada como candidata a medalha, depois do bronze conquistado no Mundial de Stuttgart, em 2007. No salto, Jade também chegou à decisão, ficando com o sétimo lugar.
Após as Olimpíadas, Jade causou polêmica ao afirmar que a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) foi negligente em seu tratamento. Além disso, revelou que vomitou diversas vezes durante a temporada na China por conta das altas dosagens do antiinflamatório receitado pelos médicos da CBG.
A relação entre Jade e os cartolas já havia se complicado um mês antes dos jogos, em julho, quando seu pai, César Barbosa, acusou a CBG de atrasar seu pagamento – a entidade rebateu, alegando que ela estava sem contrato e que havia se recusado a assinar o contrato de patrocínio com a Caixa Econômica Federal. César Barbosa também acusou a entidade de exagerar na dose de treinos em Curitiba, enquanto Jade estava com a seleção permanente.
Nos últimos meses, Jade se afastou dos holofotes – não esteve presente nem mesmo na entrega do Prêmio Brasil Olímpico, no Rio, alegando dores provocadas por uma cólica renal. Segundo o médico Laranjeira, o caso de Jade será apresentado e estudado em congressos de medicina.


