Itália reage contra a onda de violência no futebol

O governo de direita do presidente Silvio Berlusconi, que é também presidente-proprietário do Milan, aprovou uma lei excepcional que o transforma em pai e patrão do futebol profissional da Itália. Um pai severo ao decidir reprimir energicamente o vandalismo e a violência que vêm se repetindo de um modo impressionante no atual campeonato. Três clássicos não terminaram em conseqüência de cenas de guerrilha entre as torcidas rivais.

Terça, a Liga Italiana puniu o Torino com a perda de mando por cinco partidas, por causa dos incidentes provocados por sua torcida no jogo com o Milan, sábado, no Estádio Delle Alpi, em Turim. A partida foi suspensa aos 18 minutos do segundo tempo, quando o Torino perdia por 3 a 0. Torcedores lançaram cadeiras no gramado e tentaram invadir o campo. A liga atribuiu os pontos para o Milan, que passa a somar agora 46, dois a menos que os líderes Inter e Juventus. O Torino é o penúltimo colocado, com 13 pontos.

O balanço de danos e prejuízos apresentado pelas autoridades é preocupante: nos três jogos suspensos, além de agressões a árbitros e jogadores, dezenas de policiais foram feridos. Os danos materiais foram estimados em US$ 30 mil só em Turim. Essa violência obrigou o governo a aprovar em tempo recorde o decreto que prevê, entre outras coisas, a prisão imediata de torcedores flagrados por sistemas de circuito interno ou por fotografias publicadas nas reportagens dos jornais. O processo judicial começará um dia depois da prisão. O torcedor violento será proibido de freqüentar por uma longa temporada qualquer estádio italiano.

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