Roma – A imprensa italiana lembrou ontem o 50.º aniversário do ex-jogador Paulo Roberto Falcão, principal responsável pela conquista do segundo título da Roma, na história do centenário clube. Falcão chegou ao futebol italiano no início da década de 80 e duas temporadas depois foi aclamado como “Oitavo Rei de Roma”.

Em entrevista ao Corriere dello Sport, o atacante Roberto Pruzzo, companheiro do volante brasileiro na equipe romana, não poupou elogios a quem considera um dos jogadores brasileiros mais atípicos e de uma técnica e inteligência inquestionáveis. “Falcão era um especialista no meio-campo, um dos brasileiros mais atípicos que já vi, ao mesmo tempo, um dos mais fortes”, lembrou. “O que mais surpreendia nele era a sua capacidade de enxergar o jogo e de passar imediatamente instruções aos demais companheiros, organizando a equipe tanto técnica como taticamente. O time se deixava levar pela sua classe.”

Em entrevista à Gazetta dello Sport, Falcão agradeceu a lembrança dos italianos e disse que se sentia muito feliz. “Quando era criança, jamais poderia imaginar que completaria meio século de vida tão rica de histórias e experiências. Sou um homem de sorte”, disse. Segundo ele, o único episódio que lhe trouxe tristeza nos tempos em que viveu na Itália foi exatamente a sua saída da Roma. “Tiraram-me da Roma de maneira pouco correta”, recordou. O brasileiro revela também que por pouco não foi para o Napoli jogar ao lado de Maradona e Careca.

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