Itália deve ter Immobile ao lado de Balotelli na terça

No jogo que decidirá se a Itália vai em frente no Mundial ou passará a vergonha de voltar para casa ao fim da primeira fase pela segunda vez seguida (o empate a classifica, a derrota a elimina), nesta terça-feira, contra o Uruguai, o técnico Cesare Prandelli resolveu apostar numa formação inédita. E o que chama mais a atenção: colocará Balotelli e Immobile juntos na frente, uma fórmula que ele dizia ser impossível de utilizar por causa das características dos dois atacantes.

No treino de domingo, Prandelli armou o time com três zagueiros (Barzagli, Bonucci e Chiellini) como já era esperado, cinco homens no meio-campo (Darmian, Verratti, Pirlo, Marchisio e De Sciglio) e os dois centroavantes. Em relação à derrota para a Costa Rica, ficam fora De Rossi (machucado), Thiago Motta (por ter rendido muito mal) e Candreva (por opção tática).

Em uma de suas primeiras entrevistas no Brasil, no dia seguinte à vitória por 5 a 3 sobre o Fluminense em Volta Redonda (num jogo em que Immobile fez três gols e deu duas assistências), Prandelli ouviu várias perguntas sobre a possibilidade de escalar Immobile e Balotelli juntos. E nas respostas deixou claro que não cogitava essas possibilidade. “Não consigo vê-los juntos em campo.”

Duas semanas depois, Prandelli mudou de ideia. E resolveu colocar o artilheiro do último Campeonato Italiano (Immobile, que depois da Copa vai jogar pelo Borussia Dortmund, marcou 22 gols pelo Torino) ao lado de Balotelli.

Um dos motivos da escolha de Prandelli é que os outros três atacantes reservas (Cassano, Cerci e Insigne) fracassaram no segundo tempo contra a Costa Rica. Outro é que, como Balotelli insiste em voltar para buscar a bola e se afasta da área, o que deixa o treinador louco da vida, ele usará Immobile como atacante enfiado para ter presença de área.