Ingressos na Baixada a R$15 por 40 dias

O torcedor do Atlético deverá ter jogos, nos próximos 40 dias, na Arena, com preço de ingresso a R$ 15,00. Este é o prazo mínimo previsto pelos dirigentes do Rubro-Negro para que a briga na justiça entre o clube e segmentos organizados da torcida tenha um novo capítulo. E, para desvincular a situação de qualquer tipo de ato político, os dirigentes vão contratar um escritório de advocacia independente para tratar dos valores a serem cobrados no estádio de maneira apenas técnica.

“Vamos contratar um escritório de advocacia, provavelmente de fora, para que se limite a tratar desse assunto”, revela João Augusto Fleury da Rocha, presidente do Atlético. Segundo ele, esta é uma das formas de tirar o peso político e deixar a questão para ser resolvida apenas tecnicamente pelos advogados e os magistrados, que irão julgar o caso.

De acordo com ele, será feito o julgamento do agravo de instrumento, que se faz através de uma sessão das câmaras do Tribunal. “Serão intimadas as partes, publicadas no Diário Oficial. O Procon terá que expor suas razões”, destaca. Fleury diz que não há um prazo rígido e que esse processo deve levar entre 30 e 40 dias.

O dirigente descartou qualquer possibilidade de o conselho deliberativo alterar por conta própria os valores cobrados na Arena agora. “Está suspensa qualquer ação administrativa. É importante que a Justiça decida e é interesse nosso saber se um órgão como o Procon tem competência para definir preço de jogo de futebol”, diz. Para ele, a Justiça tem que estabelecer se R$ 30,00 é caro ou não. “Não fomos nós que procuramos a Justiça, mas agora queremos que ela resolva a situação”, finaliza.

Prejuízos

O saldo da partida de domingo contra o Coritiba rendeu mais do que apenas 3 cadeiras quebradas e três prisões. A administração do clube contabilizou 18 assentos danificados e que serão repostos ao longo da semana. As imagens do circuito interno de televisão deverão ser utilizados para identificar os vândalos, que participaram da quebradeira.

Vânderson já treina normalmente

O volante Vânderson voltou a trabalhar normalmente ontem no CT do Caju após se envolver num acidente com morte, em Belém, quinta-feira passada. Ele viveu momentos difíceis, teve que prestar depoimento na delegacia e deve responder processo pelo atropelamento de um ciclista. Para o jogador, agora é começar vida nova na carreira e trabalhar mais para conquistar a confiança de Levir Culpi, novo técnico do clube.

“Foi um acidente, que resultou em morte, e foi muito triste para mim. Mas, graças a Deus, minha família e o pessoal do Atlético deu bastante apoio e agora estou tranqüilo para trabalhar”, destaca. No entanto, ele continua respondendo a um inquérito policial. “Foi um acidente com morte e a família do rapaz está preocupada com o que pode acontecer. Mas, o delegado passou uma grande tranqüilidade para mim. Ele fez a perícia no carro, então só estou esperando o resultado para voltar a Belém e me explicar para o juiz”, explica.

Com tudo encaminhado, Vânderson quer retomar a rotina dos treinamentos no CT do Caju para esquecer um pouco o que passou. “Quero pensar só no meu trabalho aqui no Atlético e conquistar uma oportunidade para sair jogando”, projeta. De acordo com ele, o acidente aconteceu numa curva perigosa. “Eu vinha numa velocidade baixa e quando vi o rapaz na bicicleta não deu tempo de desviar porque, se eu desviasse, iria bater em outro carro”, aponta. O jogador estava dirigindo porque foi liberado pelos dirigentes atleticanos após a partida contra o Paysandu para rever a família em Castanhal, cidade próxima de Belém. Na manhã seguinte, ele voltava para a capital paraense para se reapresentar quando aconteceu o acidente.

Atlético diz que está tranqüilo

O Atlético diz que está despreocupado com a possibilidade de perda de pontos pela utilização de Diego, apesar de, em caso de punição, o clube poder perder 24 pontos. Ontem, o auditor Flávio Zveiter, presidente da 1.ª Comissão do STJD, pediu todas as súmulas dos jogos do Atlético no Brasileiro e vai investigar o caso.

O Rubro-Negro entende que sua defesa é simples. Quando recebeu o BID Especial, no dia 11, o departamento de registros do Atlético notou a ausência dos nomes do lateral-esquerdo Marcão e do goleiro Diego. Ao notificar a CBF, um novo BID foi expedido no dia 13, com o nome de Marcão e numa lista enviada ao Atlético no dia 14 – um dia antes do prazo final para a participação na primeira rodada, o nome de Diego consta, dando a ele condições de jogo. Depois disso, a CBF reconheceu que houve um erro de digitação. Ontem a entidade disse que vai emitir outro BID retroativo para comprovar a inscrição do goleiro.

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