Ingresso mais barato e mais reforços no Atlético

O casamento entre a torcida do Atlético e sua equipe começa a ser reatado. Descontente com os rumos do time ao longo de 2003, a arquibancada reclamou e começa a ser atendida pela diretoria do clube.

Após a volta de Osvaldo Alvarez para o comando do time, a contratação do atacante húngaro Roland Tüske, os dirigentes reduziram o preço do ingresso de arquibancada para R$ 10 e repatriaram o volante Leomar. Medidas que deverão aumentar a média de público na Arena este ano e, quem sabe, fazer o estádio voltar a ser um caldeirão.

Até agora, em três partidas oficiais (válidas pelo campeonato paranaense), a média de público ficou em apenas 1.959,3 torcedores. As razões para tanto foram expressadas pelos atleticanos na Arena. “Ingresso caro, elenco limitado e técnico ruim.” A direção foi preservada pelo fraco desempenho do time, sorte que não teve Heriberto da Cunha. Desconhecido da maioria, o ex-treinador veio para o Rubro-Negro para comandar um laboratório de preparação para o Campeonato Brasileiro e não durou dois meses no CT do Caju.

Sem resultados e sem mostrar um bom trabalho, acabou sendo escorraçado após a derrota por 3 a 2, de virada, para o Grêmio Maringá. Agora, as coisas parecem caminhar de acordo com o que os torcedores querem. A contratação de Vadão reanimou os rubro-negros, que agora enxergam um treinador comandando o time profissional. Com a definitiva reintegração do meia Kléberson e das contratações do atacante Tüske e do volante Leomar, a equipe começa a ganhar mais consistência para a disputa da Copa do Brasil e das finais do estadual.

Contratação

Apesar de ainda não poder estrear na partida de domingo, contra o Roma, o volante Leomar vai emprestar sua experiência para o jovem e renovado elenco atleticano. Contratado até final de 2003, o jogador de 31 anos (1,83 metro e 77 quilos) retorna ao clube que o revelou. Paranaense de Marechal Cândido Rondon, ele jogou pelo Furacão entre 1992 e 1995 e, depois, foi para o Sport. Jogando pelo Leão do Norte chegou até a seleção brasileira. No ano passado, Leomar esteve no futebol da Coréia do Sul. Ele já vinha mantendo a forma no CT do Caju e não deverá ter dificuldade de atuar assim que tiver sua situação regularizada.

Adversário virá cheio de problemas

Domingo, na Arena da Baixada, o Roma terá que vencer para ir às finais do Campeonato Paranaense. Além da vitória, a equipe de Apucarana terá que contar com a sorte. Ou seja, esperar que outros resultados o ajudem. A espera do jogo está sendo problemática para o técnico Marcelo Villar, que tem três problemas para escalar o time.

O primeiro drama está na defesa. O lateral Fabiano tem uma contusão no tornozelo esquerdo. Também há o que lamentar no meio-campo. Um dos titulares, Ivanildo, recebeu o terceiro cartão amarelo na derrota para o Cascavel. E, no ataque, outro motivo de preocupação para Villar: as dores musculares de Pedro Costa.

Quanto a Fabiano e Pedro Costa, se necessário, o substitutos serão Tiago Mineiro e Mendonça. Dúvidas, no entanto, há sobre a vaga de Ivanildo. No treino coletivo de Gonçalves e Mário correm atrás dela.

Um húngaro para marcar os gols

A nova esperança de gols atleticana só deverá estrear pelo clube em março. Sem o visto de trabalho para jogar futebol no Brasil, o húngaro Roland Tüske (25 anos, natural de Budapeste) segue treinando no CT do Caju e despertando curiosidade. Mesmo sem falar português, o “gringo” tem mostrado um bom entrosamento com os novos companheiros, quando o que conta é a “linguagem da bola”. Nos coletivos, ele tem mostrado raça e até já marcou gol, aumentando a expectativa em torno de seu aproveitamento no time principal. Em ao Paraná-Online, ele conta como será difícil a adaptação ao futebol brasileiro, mas sem nunca esquecer a seleção de seu país.

Paraná-Online

– Qual a sua expectativa de atuar pelo Atlético?

Tüske

– Acredito que quanto mais eu jogar aqui, e bem, vou ser lembrado para a seleção de meu país.

Paraná-Online

– Alguém vai acompanhar seu desempenho aqui no Brasil?

Tüske

– Agora eu estou na seleção e acredito que o técnico da Hungria venha para o Brasil no próximo mês para assistir às minhas atuações.

Paraná-Online

– É muito difícil trocar a Europa pelo Brasil?

Tüske

– Sim, é muito difícil. Quando saí de Budapeste estava com -5º de temperatura e encontrei bastante calor por aqui. Além disso, é um novo país com uma outra cultura. Mas, o povo brasileiro é muito legal, me trata bem e acredito que vou me adaptar bem.

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