Inglaterra pede adiamento da eleição da Fifa

A Associação de Futebol da Inglaterra (FA, na sigla em inglês) pediu nesta terça-feira para a Fifa adiar a eleição presidencial marcada para quarta e abalada pelo escândalo de suborno que levou o único adversário de Joseph Blatter na disputa a retirar a sua candidatura.

A FA já havia declarado que iria se abster na eleição, mesmo antes do surgimento de acusações que levaram o candidato presidencial Mohamed bin Hammam e Jack Warner, presidente da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe, a serem suspensos.

Agora, em um comunicado divulgado nesta terça-feira, a FA pede o adiamento da eleição para um novo “candidato reformador” possa ser encontrado e para que se faça uma avaliação por um organismo independente que permita a realização de mudanças na Fifa, na sequência da maior crise da entidade nos seus 107 anos de história.

“Apelamos à e Fifa pedimos para as outras associações nacionais apoiarem as nossas duas iniciativas”, disse David Bernstein, presidente da FA, em um comunicado. “Em primeiro lugar, adiar a eleição e dar credibilidade a este processo, então qualquer candidato reformador alternativo poderá ter a oportunidade de concorrer à presidência. Em segundo lugar, a nomeação de um órgão verdadeiramente independente e externo para fazer recomendações relativas à melhoria da governança, procedimentos de conformidade e estruturais ao longo dos processos de tomada de decisões para serem considerados por todos os membros”.

A FA teria de conseguir o apoio de 75% dos 208 membros da Fifa para provocar o adiamento da eleição. O órgão máximo do futebol inglês enfrentou críticas por sua decisão de abster-se da eleição. Dirigentes caribenhos teriam recebido suborno de US$ 40 mil para votar na candidatura de Bin Hammam.

“Havia duas razões principais para esta decisão”, afirmou Bernstein. “Em primeiro lugar, uma preocupação, uma série de acusações aos membros do Comitê Executivo da Fifa dificultou o apoio a qualquer candidatura. Em segundo lugar, a preocupação com a falta de transparência e responsabilização no seio da organização, contribuindo para a atual situação insatisfatória. Eventos dos últimos dias têm reforçado os nossos pontos de vista”.

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