Imprensa discute medidas restritivas dos clubes

As recentes medidas adotadas por alguns clubes paranaenses, restringindo o acesso da cobertura jornalística em treinos das equipes, e na cobertura dos jogos nos campeonatos foi tema de uma reunião entre os presidentes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor), Ricardo Medeiros, e das associações do Repórteres Fotográficos e Cinematográficos (Arfoc), Irandy Carlos Magno, e dos Cronistas Esportivos do Paraná (Acep), Osvaldo Tavares de Mello, o Vadico. Segundo os dirigentes, uma ação conjunta será discutida com os clubes visando melhorar o relacionamento com os profissionais da imprensa, e também as condições de trabalho dos mesmos. Um encontro com os representantes dos clubes está sendo marcado para o dia 10 de abril, na sede do Sindijor, em Curitiba.

?Vamos ouvir os clubes e buscar soluções para contornar os impasses criados?, diz Vadico. Segundo o presidente da Arfoc ?esta é a primeira vez que os profissionais de imprensa estão encontrando tantas dificuldades para exercer os seus trabalhos?. ?É claro que há necessidade de algumas regras. Mas estão sendo cometidos excessos que impedem muitas vezes que o trabalho seja executado com clareza e qualidade?, diz Magno referindo-se à Libertadores, onde os repórteres ?de todos os meios de comunicação? não podem entrar no gramado. ?Mas é permitido que se façam imagens em áreas específicas que ajudam o profissional.

No Campeonato Paranaense tivemos vários problemas. Não é culpa nossa se as cotas de televisão não foram vendidas, ou não alcançaram os valores pedidos pelos clubes?, explica o presidente da Arfoc.

Sobre a proibição de cobrir diariamente os trabalhos dos times, como é o caso do Atlético, e recentemente do Londrina, em Londrina, Vadico diz que esta é uma questão delicada e que merece uma boa discussão. ?Os clubes têm os seus direitos de realizarem treinos longe da imprensa, ou mesmo secretos, e colocarem algumas regras para essa cobertura. Mas não é justo e correto dificultarem o trabalho dos profissionais. O principal prejudicado nisso tudo é o torcedor, que não recebe a boa informação daquilo que está acontecendo no seu time?, afirma o presidente da Acep.

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