Impeachment tira Edmundo Santos Silva do cargo

Rio de Janeiro (AE) – O presidente do Flamengo, Edmundo Santos Silva, sofreu impeachment. Em votação que só acabou na madrugada de ontem, na sede do clube, no Rio, 530 conselheiros votaram contra a permanência do dirigente no cargo, enquanto 26 foram a favor – ainda houveram 7 votos brancos e 5 nulos. O presidente do Conselho Deliberativo, Gilberto Cardoso, assumiu interinamente o cargo até que sejam convocadas eleições, mas Edmundo Santos Silva deve entrar com um recurso, nos próximos dias, que o recolocaria na presidência.

Investigado e denunciado pelas CPIs da Câmara e do Senado, Edmundo Santos Silva é acusado de desvio de dinheiro e fraude contábil na administração do Flamengo. Seus opositores denunciam irregularidades na transação de jogadores, como no caso de Petkovic, e também no contrato com a ISL.

Depois de muita confusão e bate-boca antes do começo da sessão, um recurso da oposição possibilitou que fosse votado o impeachment do presidente Edmundo Santos Silva. Para começar a votação seria necessária a presença de um terço dos conselheiros na sessão – 568. Até a chamada final haviam comparecido 560, mas o conselheiro Roberto Abranches apresentou nomes de 110 membros já falecidos e que ainda constavam da lista total de 1.703.

Diante disso, o presidente do Conselho Deliberativo, Gilberto Cardoso, deu início à votação. Só que a confusão não acabou aí. Com Edmundo Santos Silva impedido de ocupar a presidência, seu substituto imediato seria o vice, Júlio Lopes. Mas ele tinha sido cassado na semana passada, acusado de usar o cargo para fazer sua campanha a deputado.

Acontece que, terminada a votação, Júlio Lopes apresentou uma liminar que garantia sua permanência no cargo. Assim, ele seria o novo presidente do Flamengo. Mas, no discurso Júlio Lopes renunciou ao cargo. Sobrou então para Gilberto Cardoso.

Agora, Edmundo Santos Silva tem um prazo de 15 dias para entrar com um recurso -o que deve acontecer logo.

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